quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Um post sobre carnaval (parte 2)

O que vou escrever aqui não é novidade na vida de muitas pessoas. É uma aflição que sinto e sei que existe muita gente compartilhando o mesmo sentimento comigo. Pois bem, quem ai acha realmente normal uma criança se portar como adulto? Espero que ninguém, please! Particularmente, acho algo assustador, estranho, anormal, feio demais e merecedor de peia com galho de bananeira! E antes que nasçam dúvidas em suas cabeçorras, quando eu critico o "se portar como adulto" não estou falando daquelas criaturas que carregam a família nas costas, obrigadas a ter, desde cedo, responsabilidades de adulto para não morrerem de fome (vide criancinhas do nordeste ou algo do tipo) . Nã-não, falo daqueles seres bizarros que insistem em agir/dançar/cantar como adultos a.k.a aquela criançada que aparece no programa do Raul Gil.


-Mulekada: fruto dos meus piores pesadelos...


Hoje eu agradeço tanto pelas caras feias que meu pai fazia quando me via "ralando na boquinha da garrafa". GENTE, que porra era aquela!? Claro que eu não compreendia a maldade por trás daquela música infame, mas sabe como é: criança ingênua copia mesmo.

Enfim, até então minha aflição com crianças se limitava aos projetos de ator/atriz e mini-dançarinas de axé, mas hoje - assistindo ao Jornal Nacional- meu medo aumentou! A Fátimona anunciou a matéria sobre crianças e carnaval e eu, na maior inocência, continuei assistindo... quando vi, era o diabo de uma matéria sobre crianças que participavam de miniescolas (segundo à reforma tá certo, medo) de samba ou algo parecido. CREDO!


- Fofinho ou bizarro?


Crianças com roupas minúsculas, crianças rebolando, crianças sambando sensualmente, crianças sorrindo para a câmera, crianças que não sabiam falar direito, mas que sabiam fazer aqueles caqueados arrojados de passistas... MEDO, medo, medo, mil vezes medo! Como pode? É ridículo, desculpa, mas é. Teria achado mil vezes mais interessante se aquela criançada tivesse toda enlouquecida dançando uma música qualquer do Balão Mágico, Xuxa ou até mesmo aquelas músicas sem noção que passam no Discovery Kids.



- Fofinho ou bizarro?

(Só para não me chamarem de biscate sem coração, quero deixar claro que há sim um contexto social por trás disso tudo ok. Existem alguns fatores, como a própria interação da comunidade, que acabam influenciando essas crianças a terem esse "sonho" tão precoce, mas mesmo assim é bizarro! Falei)




Sério, traumatizei.

2 comentários:

Paulo Henrique Espuri disse...

(: adorei seu blog, amei seu post, medo de molekada, medo dessas crianças com perna de saracura e principalmente medo da reforma gramatical que empobrece nosso limds idioma rere :*

cayo costa disse...

Eu sempre digo, pode até me chamar de saudosista mas nós tivemos a última infância saudável (e não no sentido de carboidratos, etc.). Pronto, falei!