sexta-feira, 17 de julho de 2009

"Essa é mais um história do diário de bordo de Lucas Silva e Silva, falando diretamente... da onde mesmo?" (1)

Sempre que me perguntam o porquê de eu ter escolhido fazer jornalismo, sempre conto a mesma história: na oitava série percebi que tirava notas boas em história e português, percebi que curtia ler, escrever, blábláblá, lorotalorotalorota.

Por um lado essa história não deixa de ser real, afinal, eu realmente tirava notas boas nessas matérias, escrevia umas leseiras e tinha uns livros legais na estante. Mas mesmo assim não é 100%. Escolhi o jornalismo porque simplesmente quero viajar por todos os lugares, conhecer todas as pessoas, comer todas as comidas, ver todas as paisagens.

Passei esses dois últimos dias viajando pelos buracos da Amazonha Amazônia. Vi o tal do Encontro das Águas pela bilhonésima vez (mas isso não me impediu de tê-lo achado bonito pela bilhonésima vez), vi o pôr-do-sol de cima de uma barco foda no meião do Rio Negro; fui pra Manacapuru, conheci trocentos viveiros de peixe; tive o melhor almoço de todos os tempos; conheci pessoas divertidas; subi um barranco imenso; pisei em muita merda de gado; carreguei umas 5 bolsas enquanto atravessava um tábua estreitíssima; bebi água de côco fesquinha; conheci uma menina que fará parte de um livro sobre Trindade que está sendo escrito por uma picolezeira lá da balsa ; finalmente identifiquei o Cruzeiro do Sul; ri do fedor dos outros; fui aconselhada por uma dona de bar a nao fazer xixi num banheiro e sim numa latrina (lê-se "faz ai no chão, porque o banheiro tá pior"); conheci um senhor de sobrenome Xicó; passei trocentas horas num buzão conversando sobre o nada...


-Camila cabide 2009/ Voadeira lá atrás


- Seu Xicó


- Faz o Rocky no barranco


- Too good to be true


- Boa gente boa/ Participantes das conversas no buzão

Tudo isso em dois dias por causa do tal do jornalismo.

Seria ingenuidade da minha parte achar que sou a unica nesse mundo que sonha em um dia viajar o planeta, mas seria uma boa que isso acontecesse.

Alegria de pobre dura pouco, amanhã provavelmente vou tá falando mal do jornalismo, mas deixa. Hoje acordei boba e acho que esse foi um dos posts mais bobos que já escrevi, paciência.

RÁ!

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UPDATE

Blogger venancio_sa disse...
pode ter sido bobo, mas foi sincero né...

De fato, hihi.

domingo, 12 de julho de 2009

Banho no Eros

Todos os dias alguma coisa bizarra cruza o meu caminho, não tem erro. Seja na televisão, na rua, na aula, enfim. Já até desisti de achar que um dia vou me ver livre disso.

Mas hoje, acordei beeeeeem, acordei a fim de me desprender desse negativismo sabe, coisa chata; resolvi sair de casa - fui buscar meus pais no aeroporto- num estado meio automático, daqueles que a gente senta, observa as coisas/pessoas e não pensa em nada.

Até aí tudo bem, tudo ótimo, alegria pura nessa vida. Maaaaaas teria sido melhor se todo o meu esforço tivesse dado certo.

Depois de uma hora esperando o avião (meu irmão fez o favor de errar o horário) e fazer um curso relâmpago de moonwalk com o meu outro irmão (o tédio tava cruel), meus pais chegaram (ebaaa).

Família Baranda no carro, Camila Baranda contando umas novidades, quando do nada o irmão Baranda (o do moonwalk) soltou um "Hahahaha olha ali". Olhei e simplesmente vi uma pessoa (miopía me impediu de distinguir o sexo) tomando banho naquela "piscininha" da frente do Eros Motel.


WHATAHEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEL!

Aquilo salvou meu dia, na boa, o que acontecer de agora (2:59) em diante não vai superar aquela cena:

A pessoa dando altos tchibuns na tal da "piscininha". Posso estar até forçando a barra (estou, hihi), mas juro que a senhora/senhor fazia "chafariz" com a água sabe? Tipo como quando se é criança e fica tão empolgado de pular na piscina/rio que pega a água com a boca e depois joga com a boca no formato de biquinho.

WHATAHEELELELELELELELEEEEE

Só para explicar pro povo que não é daqui de Manaus: o Eros é um motel que tem na faixada duas "piscininhas" (não sei o nome direito) que ficam pra rua, ou seja, é realmente muito fácil tomar banho ali... Huuum... nunca tinha pensando nisso, é realmente fácil, RÁ.

O calor na cidade está tão do mal que a onda agora é tomar banho no Eros.

Vou já pegar meu blondor, meu maiô e a minha bóia. Vamo junto?

terça-feira, 7 de julho de 2009

(des)apego

- Esse seu vestido tá todo furado Camila. Incrível, que que ele tem? Cê não larga ele...



Tonha soltou esse comentário sobre um pijama meu. Fiquei pensando nisso, nesse tal apego que às vezes temos a coisas rasgadas/surradas/prontas para serem jogadas no lixo.

Depois comecei a listar mentalmente (vício) o tanto de coisa "pronta pro lixo" eu guardava e me assustei:

1) Lençol com um rombo;
2) Dois pijamas em estado de decomposição avançada;
3) All Stars (3);
5) Shorts de casa;
6) ...

Valor sentimental eu sei que não é. Adquiri tudo isso da mesma forma que consegui trocentas outras coisas: fui lá, paguei e levei pra casa. Mas porque diabos a gente se apega a alguns objetos de uma forma que só larga quando a parada se desfaz?

No primeiro ano, eu tive aquela ideia que todo mundo um dia já teve (nem vem): resolvi acabar uma borracha. Era redondinha e já não estava lá muito conservada, mas mesmo assim a falta do que fazer e a vontade de ver uma borracha se desfazendo (louca) foi maior. Só sei que me apeguei naquela joça. Lembro de ter brigado com uns amigos "DEVOLVE MINHA BORRACHA QUANDO ACABAR OK" (louca, o retorno).

Não desistia de jeito maneira. A borracha tava do tamanho da minha unha e eu lá apagando os exercícios de física loucamente (louca, a fúria).

Daí que num belo dia ela se esfarelou e eu fiquei lá... Nem lembro o que pensei, deve ter sido algo "yeah sou foda/nossa que idiota". O apego acabou.

Apego, que diabos! Alguém me explica?

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Jai guru deva. Om.

Anteontem/ontem finalmente assisti Across the Universe.



Meu Deus, que filme encantador. Conheço muita gente que torce o nariz para musicais, acha brega, sem noção aquele bando de gente que tá lá conversando normalmente e do nada começa a cantolar/dançar como se aquilo fizesse total sentido na vida de qualquer pessoa.

Eu sou suspeita. Amo ver filmes com essas cenas de gente cantando/dançando como se fosse a coisa mais normal do universo, e quando vi esse filme, meu Deus do céu.

Linda história de amor, atores lindos, perfeito encaixe das músicas (Beatles, sem medo de ficar ruim), cenas incríveis.

Alugue o filme, chame boa pessoa e assista de conchinha = perfect match.

Para comemorar minhas férias e a chegada do Bi, vamos cantar...

Words are flowing out like endless rain into a paper
cup,
They slither wildly as they slip away across the
universe.
Pools of sorrow, waves of joy are drifting through my
opened mind,
Possessing and caressing me.

Jai guru deva. Om.
(Glória ao maestro do Universo)


Nothing's gonna change my world,
Nothing's gonna change my world.
Nothing's gonna change my world,
Nothing's gonna change my world.

Images of broken light which dance before me like a
million eyes,
They call me on and on across the universe.
Thoughts meander like a restless wind inside a letter
box,
They tumble blindly as they make their way across the
universe

Jai guru deva. Om.
(Glória ao maestro do Universo)

Nothing's gonna change my world,
Nothing's gonna change my world.
Nothing's gonna change my world,
Nothing's gonna change my world.

Sounds of laughter, shades of love are ringing through
my opened ears
Inciting and inviting me.
Limitless undying love, which shines around me like a
million suns,
And calls me on and on across the universe

Nothing's gonna change my world,
Nothing's gonna change my world.
Nothing's gonna change my world,
Nothing's gonna change my world
.