quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Se eu fosse sequestradora, teria um twitter

E você também!

No twitter existe uma parada chamada FourSquare. Fuxiquei a definição desse trocinho no site oficial, e tá lá bem maroto:

"Foursquare gives you and your friends new ways of exploring your city".

Otin mamain, "o foursquare dá a você e aa seus amigos novos jeitos/caminhos/seiláoque de explorar sua cidade".

NÃO!

Pelo o que entendi, a essência deste aplicativo seria a seguinte:

Juvenal saiu de casa com seu smartphone. Resolveu visitar um bar super alto nível da cidade, o Remulos. Era simples, ele queria apenas tomar um suco e conversar com gente nova. Ficou feliz com o número de moças bonitas e com a conversa boa. Ele resolve avisar aos amigos via twitter de que está lá e comentar "olha, puta lugar de primeeeira" lugar de puta primeira, olha. Daí todos os amigos sabem disso, ficam felizes com a dica, vão para lá e todos são felizes com seus sucos de laranja.

BLÉ.

Mas eu percebo que nem funciona desse jeito (e daí que não funciona desse jeito, te lasca Camila!). Galera se empolga e manda pro twitter o endereço dos lugares onde estão só pelo prazer de dizer que "tô em algum lugar". Tem gente que manda endereço do emprego, endereço do supermercado em que foi fazer compras, do buraco onde foi comprar drogas beber uma cerveja com os amigos.

Daí eu me pergunto: como que as pessoas neste mundão de meu Deus ainda se acham no direito de exigir privacidade se hoje elas jogam na internet onde estão, com quem estão, o que estão fazendo, como estão fazendo, tudo isso com direito a ajuda do Google Maps??

Por essas e outras, se nada der certo em minha vida - nada MESMO - e um dia eu resolver ser sequestradora, vou precisar nem mover minha bunda gorda do meu comodo assento. Vou ficar seguindo essa galera gente boa que joga no twitter o mapa até do lugar onde caga, e mandar por DM:

PERDEU PREIBÓI, PASSA U ISMARTIFÓNI!

É o começo de uma nova era...

- JOGA NA MINHA TIMELINE O PERFIL DESSE VAGABUNDO!

- SI LIGA NU REPLAI QUI EU VÔ TI MANDÁ, MALUCO!

- Sou do tráfico, brinks!

- Sou homem de bem, apenas tinha um twitter...
- Agenti eramus apenas uma redi sossial!

E como o assunto é twitter, foursquare e essa papagaiadas todas, um vídeo maravilhis!


quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Uma tarde na Unimed e 202 páginas

Ontem fui agraciada (insira aqui muito sarcasmo) com uma doença misteriosa.

Os sintomas eram tantos, que fica até difícil descrever, mas só sei que senti dores fortes no pescoço e na cabeça. Como não estava em condições de escrever uma linha de reportagem, me mandei para a saga em forma de hospital particular Unimed. Sozinha é que eu não ia! Levei meu irmão e emprestei um quadrinho dele. Lá passamos a tarde... Entre furadas de agulha, informações desencontradas, pessoas doentes e meu irmão detonando a bateria do meu celular com um joguinho, consegui devorar o quadrinho.

Vou logo avisando: não sou conhecedora, não sei nomes decorados, vertentes quadrinhísticas, e nem nada, mas gosto muito de quadrinhos, e sempre que surge um na minha frente, leio com toda vontade do mundo. O de ontem foi Kick Ass - Quebrando tudo.


Eu já tinha visto o filme no começo do ano, e pirei. Lembro que antes da estréia, meu irmão - o acabador de baterias de celulares alheios- tava pilhado, falando que ia ser massa, bla bla bla.

O roteiro é de Mark Millar (Guerra Civíl, Os Supremos, O Velho Logan) e os desenhos de John Romita Jr. (Hulk Contra o Mundo, Wolverine: Inimigo do Estado, Homem-Aranha), não que isso faça muita diferença pra quem não conhece, mas sempre rola colocar uma referência né, custa nada!

A história é sobre um moleque que deve ter os seus 15/16 anos, meio nerd, meio vagabundo, apaixonado pela menina mais gostosa da sala e viciado em quadrinhos. Sem mãe, e ele só vive com o pai. De tanto ler os gibis, o moleque acabou colocando na cabeça de que rolava virar um super-herói, bastava "colocar uma máscara e ajudar os outros, ué"! Dito e feito, o zé ruela comprou uma fantasia meio homossexogay no Ebay e resolveu passar umas noites andando pelos telhados atrás de "confusão". Até que um dia topou com três galerosos, se meteu a besta e levou muita porrada. Não contente com o azar, depois de levar soco, chute e até facada.... Foi atropelado.

A criatura não morreu, mas chegou perto.


Bom, não vou contar o resto, mas posso adiantar que ele não desiste. Lá pelo meio, o menino conhece os meus ídolos da história: Hit- Girl e Big Daddy. Quem se interessar e for atrás vai entender o porquê de eles serem os mais legais, ou não.

Além de ter um roteiro ácido, esculachado, engraçado e sem rodeios, as ilustrações são incríveis! Para alguém como eu que só sabe desenhar boneco pálito, cada virada de página é uma humilhação.

Esse que eu li é uma compilação de 8 volumes da revista Kick Ass (sim, era uma revista, esqueci de mencionar). Nem sei se tem parte 2 ou algo assim, deve ter, mas confesso que não pesquisei ainda.

Enfim, sem pretensões, apenas uma dica pra quem tiver de saco cheio de ler mesmisses e curte"ler" figuras de vez enquando.

Como sou brother, tirei umas fotos do nosso exemplar (meu e do meu irmão, porque eu gostei e me auto-coloquei-como-uma das-donas).

Prestençããão!


- Depois da briga com os galerosos.

- Se der pra ampliar, se liguem nos detalhes.... Incrível!

- Hit-Girl gente boa!

Quem quiser saber mais sobre quadrinhos, com quem conhece e faz, entra aqui ó:


Arrecomendio e agarantiu, com certeza os caras sabem mais que eu.

Ah, tem outro site que nem chega a ser de quadrinhos-nerd-pessoas-entendedoras, mas é engraçado demaaaaaaaaaaaaaaaais.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Legal mesmo é passar mal antes de dormir

Na verdade foi um leite com farinha láctea muito do seu inocente. Pena que da minha mente deletei os antecedentes. A inocência do lanchinho nortuno era na verdade o fim de um banquete ao qual involuntariamente vinha desfrutando desde às 7 da noite.

Motivo: fui bacana hoje na redação. Dei metade do sanduiche (que minha mãe prepara todos os dias pra mim (arram (eu me orgulho disso (sim, é pão com manteiga(mas tem 3 andares).).).).). A metade que me sobrou, dividi também.

A divisão deixou um vazio, claro. Tanto que cheguei em casa e não contei conversa! Tinha canja. Todos os dias tem. Tinha canja!

Tomei a canja e quando fui pegar o gelo - para a minha água, não para a canja - vi que tinha salsicha no congelador. "Quero cachorro-quente, e eu quero fazer!", questão de honra, meus amigos! Não morei 7 meses sozinha à toa, bato no beito e digo "EU FAÇO O CACHORRO-QUENTE". Ridícula, mas orgulhosa. Fiz.


Molho e muito ketchup. Não tinha queijo ralado, "muito caro minha filha, 5 reais o pacotinho", tudo bem.

Satisfeita, fui ler coisas soltas. Vi tv também.

"Vontade de tomar leite com farinha láctea"

Foi inocente, muito! Mas meu organismo não interpretou assim... Botei tudo pra fora, desculpa, mas vomitei mesmo. E agora assisto Jô.

PLIM.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Carpinejaremos

Sou apaixonada por crônicas. Tanto que sustento esse blog com textos que, um dia-quemsabe-talvez- serão considerados crônicas.

Hoje de manhã me dei folga. Planejei que dormiria até as 10 e depois ficaria na cama até dar a hora de almoçar e partir para o trabalho.

Claro! Óbvio! Como ousas Camila? Planejar as coisas assim, sem consultar as forças superiores! Fui castigada, acordei 8 da manhã, sem um pingo de sono, mas com a cabeça cansada... Tentei, mas a cama não me quis, desisti.

Entrei no google e por ironia do destino internístico, caí no blog de Fabrício Carpinejar.

Jornalista, escritor e professor, Fabrício me encantou. Senti inveja branca, quis escrever da mesma forma que ele, mas como isso é bobeira, impossível, deixo aqui a minha dica de leitura.


E se não for muito abuso, ainda copio/colo um dos meus textos preferidos.

VOCÊ TEM QUE ME LER


É antropológico: mulher odeia ser mandada. São séculos e séculos de opressão. Não dê corda, que já cheira a forca. Vale, inclusive, para a masoquista. Gosta de firmeza, não que alguém diga o que ela deve ou não fazer. Não seja autoritário. O feminismo não é conversa de sapatão.

Que aconselhe, não emplaque uma ordem. Que ofereça um palpite, este é despretensioso como um assobio, é soprar uma melodia e permitir espaço para que ela complete a letra. Finja que está no chuveiro – menor o risco de se afogar. Fale cantado. Quem canta nunca será um ditador.

Posso estar plenamente equivocado, sou tão bonito quanto carro de eletricista, mas mulher aprecia é sentir saudade. Quando o homem desaparece e ela corre para procurá-lo. São coisas do cotidiano. Fui percebendo que a conversa com a minha namorada estragava sempre do mesmo jeito. Havia um método no erro. Uma insistência de minha parte. Uma frase morse que truncava o entendimento. Depois que pronunciava aquilo, nada mais funcionava. Da calmaria, ela migrava para um estado nervoso e impaciente. A transformação de sua atitude me baqueava: O que foi? Será que perdi algo? Retrocedia para caçar uma gafe. Cansei até captar o sinal. O homem ainda tenta melhorar sua imagem com o bombril na antena.

Eu dizia “você tem que” a cada início de diálogo. Impositivo, não agia por mal, era um hábito, buscava convencer com “você tem que”. Parecia que tinha a solução dos problemas do mundo. Persuasão é a sedução para quem não tem paciência. Meu caso; não cuidava da linguagem e depois estranhava o silêncio dela. “Você tem que” é um mandado de segurança. É atestar que ela não desfruta de condições de conduzir a própria vida. Virava um segundo pai, determinando suas atitudes. Fugia da cumplicidade, vinha com os mandamentos e as condicionais de comportamento para que merecesse a mesada.

O homem não botou na cabeça que a fragilidade da mulher não é dependência. Ela não precisa ser protegida, e sim respeitada. Existe uma diferença aguda no tratamento. Depois que ela fica braba não adianta remendar. Emerge um pânico das cavernas, o receio de ser puxada pelos cabelos e pelas palavras. Igual é chamá-la de louca no meio de uma discussão.

Quem não encheu o pulmão para desabafar “você está louca!”, com aquele grito catártico, que serve como elevador para todo o prédio? Eu confesso, mais de uma vez. É novamente afirmar que ela não tem domínio, que nem sabe o que está falando e menosprezar sua opinião. Pode até ser louca, mas não chame de louca, senão ela não vai recuperar o juízo. Na história do pensamento, quantas mulheres foram enviadas para o hospício devido a sua autonomia? Quantas receberam eletrochoque ou sofreram lobotomia em função da independência de estilo? Significa um joanete ancestral, um calo antiguíssimo, não pise.

Joana D’Arc não foi uma bruxa. Assim como vassoura não é para voar, é para varrer qualquer sujeira machista dentro de casa.

O dia em que atravessei a procissão

Acho que já posso afirmar que nunca me considerei católica. Fui batizada, e até os 8 anos não fazia ideia do que "era". Acreditava em Deus, o que já era alguma coisa, mas durante esse período minha religião "vagava" pelo nada e alguma coisa.

Minha mãe sempre foi católica. Meu pai me mostrou o caminho do espiritismo. Achei mais interessante ser filhinha do papai.

Durante essa minha curta-longa vida de 20 anos, fui à igreja algumas vezes... Poucas, para a tristeza de mamãe, mas não por rebeldia - não tenho dom para rebeldia, sou uma frouxa- e sim, por ser um local diferente, que não me dá um "click", sabe?

Ontem fui escalada para trabalhar.

" Trabalhar no feriado, que saco!"

É complicado, mas com o tempo eu fui entendendo que é "normal" e parei de reclamar mentalmente. Pois bem, fui escalada para fazer uma reportagem sobre a procissão de Nossa Senhora Aparecida, que começava às 5 da tarde e iria percorrer algumas ruas do centro.

Saí da redação lembrando das minhas aulas de antropologia.

Etapa 1 - Estranhamento


Uma não-católica com a missão de aprender várias coisas sobre o catolicismo, e mais, processar tudo isso na mente, tentar entender, respeitar, compreender. Estranhamento é a etapa em que a pessoa sai do seu ambiente comum. Porque essas pessoas estão aqui celebrando? Qual a importâcia desta santa? Tudo isso passou pela minha cabeça. Parece bobo, né? Afinal, é a Igreja Católica, tá aí há trocentos anos... Enfim, estranhei-me.

Etapa 2 - Entranhamento


Imergi no desconhecido. Na verdade minha missão era achar duas pessoas que tivessem histórias interessantes, pagamentos de promessas, agradecimentos. Mas a correria e a confusão fez com que eu perdesse minha cinegrafista. Foi como perder uma carteira no meio de um show de rock, fiquei doida, ela é muito baixinha! Perdi o foco nas pessoas e tentei achá-la.

Confesso... Naquele momento me achei uma pessoa desrespeitosa. Enquanto os outros rezavam, cantavam, andavam devagar, fazendo seus agradecimentos baixinhos, eu caminhava meio que correndo, nas pontas dos pés para tentar achar aquela baixinha, com caderninho e celular numa mão, fita e microfone na outra. Desrespeitei. A leseira foi tanta que até trupiquei num carrinho bebê, pode?

Quando consegui achar minha parceira, respirei mais devagar e, finalmente, comecei a enxergar aquelas pessoas, entender porque umas choravam, outras sorriam, vestiam suas crianças de anjinho, estavam descalças, carregavam tijolos.

Eu era a Carrie estranha. As pessoas não entendim a razão da nossa presença.

"Coitada, repórter sofre", "Hahahahaha, olha essa lesa ai! Vai pra casa, menina".

Atravessar aquela multidão com uma câmera beta, microfone e fitas não foi difícil. Complicado mesmo foi fazer aquelas pessoas entenderem que a gente precisava passar, que nós não eramos tão culpadas, que não queriamos estragar aquele momento.

Etapa 3 - Desentranhamento

Nos presenteamos com um baré. Junto com o desentramento veio o cheiro de catinga suor forte, maquiagem borrada, cabelo bagunçado, mas também várias ideias, várias. Queria que as coisas não tivessem sido tão corridas, que minha cinegrafista não tivesse sumido, que eu pudesse ficar mais calma e olhar tudo aquilo de forma mais tranquila...



Melhor foi meu editor ligando no final da noite:

"E aí, tá cansada?"

"Nada, ano que vem me escalem para o Círio."

Isso foi ironia, tá Zé?

ps. Vamos voltar assim? Acanhado, sem pretensões...

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Tá dado o recado

Tapa na cara da sociedade pra mim! Faz tanto tempo que eu não posto, que nem me atrevo de fazer as contas. Meu irmão e assessor para assunto relacionados a falta de de post no Sacaniei, veio me pentelhar dia desses... Enfim, vamo que vamo.

Na verdade esse post vai ser rápido. Apesar de eu nunca ter comentado, o blog é parceiro da Red Bull Manaus. E brother que é brother, brotherzagem faz (ahn?).

Vai rolar amanhã (hoje? Perdi a noção do tempo), dia 23, um evento nacional da Red Bull chamado "Red Bull Latitude Zero". Daí você me pergunta:

"Latitude Zero, minsplica"

Pois é, vai ser um duelo de volêi realizado na linha do Equador. ARRAM, linha do Equador porque só quem é chique mermo, faz essas chiquezas.

"O formato do Red Bull Latitude Zero é o de uma “batalha de hemisférios”
e cada time será formado por uma dupla masculina e uma feminina.

Representando o Hemisfério Norte, estarão lá os alemães Brink/Reckermann e as irmãs
Doris e Stefanie Schwaiger, da Áustria. Já o lado de cá do Equador contará com reforço
100% brasileiro. O Hemisfério Sul será representado por Alison/Emanuel e pelas irmãs
Maria Clara/ Carol. O jogo começará às 9h30 e terá 1 hora e meia de duração."

Bacana né? Enfim, tá dado o recado. Eu sei que fica MEIO difícil de ir lá conferir, mesmo porque né... MAS, vai que algum leitor do além, que more no Equador, cai por aqui e se interessa!?

Sim, não? Na dúvida...

http://redbull.com.br

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Oi!

Já posso me sentir o Zeca Camargo?

Uhuul.

Agora uma foto-dica de onde eu tava esse final de semana... Valendo um suco com salgado lá do centro. Valendooooo-oooo-ooo...

- Ahn!?

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Retrospectiva - PARTYY!

Ok, segundo post sobre festa. Calma, no próximo eu amenizo.

Confesso que tive uma relação de amor e ódio com as festas da Washington and Lee. Houve noites em que eu voltei pra casa no nível 6 do Créu da empolgação pós-festa, jurando amor eterno a todos os envolvidos. Porém, muitas vezes voltei tão frustrada que minha vontade era procurar um curso online de mulher-bomba e explodir essa porra toda esse singelo lugar.

O esquema daqui é o seguinte: as festas acontecem dia de quarta, sexta e sábado. Elas podem ser tanto nas fraternidades, quanto nas casas off-campus. As das fraternidades só ganham das festas off-campus porque se tiver uma merda, você pode voltar andando pra casa e tá tudo lindo. Mas no final, é tudo a mesma coisa.

Você não paga nada. DETALHE IMPORTANTE!

É só chegar-chegando, fazendo carão e indo logo em direção ao bar banheiro para ver se você tá apresentável. SÓ QUE ai é que tááááá, ai é que entra a danada da mutretagem, da malemolência, do squindô-squindô... Como saber onde é a festa?!?!?!!??!

Tiveram vezes em que foi ridículo de fácil saber onde era, mas foram poucas, pouquíssimas. Como aqui a greek life impera, É LÓGICO que a chance de uma pessoa de fraternidade saber onde tá rolando o malha-funk é muito maior do que a de uma estudante internacional (Camila se fazendo de coitada), que cagava e andava pra greek life e que tinha chegado na metade do ano escolar. O segredo foi correr atrás e pentelhar os amigos.

A gente pentelhava, pentelhava mais, arranjava carona, número de celular, dava free hugs, se fazia de brother, mas descobria. Daí papai...

Tear Night

Primeira festa e a mais divertida. Conhecemos umas 3928874387248738783 fraternidades em uma só noite, fizemos amizades eternas que duraram 5 minutos e, claro, eu arranjei uma inimizade que durou 4 meses.

- Iiiiiiish, canceeela, canceeeeela...

- Amizades eternas que duraram 5 minutos.

- Vai um suco de laranja?

Late Night

Noite mais frustante de todos os tempos. Sabe aquela festa que todo mundo fala que é A FESTA, que o povo se empolga e fica fofocando sobre os acontecimentos pra sempre? Então, era essa. Tava um frio do cão, nevando, mas a gente tava lá, batendo cabelo e amando tudo. Daí que numa sorte lindadeDeus, bem na nossa vez, bem na nossa Late Night, ME QUEBRA UM CANO E INUNDA A FRATERNIDADE! Eu posso com essa oferenda de Iemanjá?


- A empolgação foi dígna de uma foto caboca antes de sair de casa.

- Tava lindo...

Só sei que voltei pra casa antes da 1 da manhã, triste e derratoda.

- A cara da Beta define nossa alegria...

A festa sem nome

Essa "festa" é para exemplificar todas as outras que nós fomos, afinal, elas sempre começavam/acabavam da mesma forma: a gente chegava lá umas 10 e o povo tava top alucinando no salão. Quando começavamos a fazer a Joelma no DVD do Calypso, cadê? Cadê aquela juventude bonita toda que tava aqui? Cadê a música? Mas já, acabou? Como assim, Bial, meia noite ainda!

- OLHA A LIQUIDAÇÃO NO ATACADÃO LARANJEIRAS!

- ???

- É né, depois que a gente faz é que se sente idiota, mas na hora...

Enfim, aqui as coisas começam cedo e terminam cedo. LEGALZÃO DEMAIS, HEIN!


Pool houses and Windfall

A galera que não mora nas fraternidade e nem nos dormitórios da faculdade, mora off-campus. Todas (eu acho) as casas tem nomes, talvez seja uma forma de ajudar na hora de se achar no meio da escuridão (minha teoria). Alguns exemplos são as Pool Houses e o Windfall (tenho certeza que tô escrevendo errado, mas 3 e 30 da manhã né, vamocombiná). Fui em festas beeeeeeeeeeeeeem bacanas lá, o complicado era voltar pra casa.

- Ai jesoos...

- Cancela pra quem fez cara torta na foto!

Aqui existe um sistema de transporte MUITO LINDO E QUE DEVERIA SERVIR DE EXEMPLO PRO MUNDO TODO, chamado "Traveller". Sabe seu irmão mais velho (ou pai) que te deixava e te pegava na festinha de 15 anos? Pois bem, isso é o Traveller: caronas oferecidas pela faculdade, que te deixam e te pegam nas festas. Você tem a opção de pegar o buzão e ir pra festa com o baile todo ou ligar pra central deles, fazer a phyna e pedir um carro só pra você. Afinal, você é o quê mesmo?



- O baile tooooooooodo!

- Longas esperas de 15 minutos pelo Traveller...

Fancy Dress

- Ai meu coraçãozinho...

Lê o último post e chora comigo, bora.

Girl Talk/ Section Eight

Essa noite foi uma cilada, Bino. Começou de mansinho e terminou com Camila sem chaves, bota estragada e bolsa perdida. O Girl Talk é uma banda/Dj/cara-que-fez-uma-playlist-no-Ipod-e-se-diz-dono-de-uma-banda-e-Dj, e rolou um show dele(s) aqui. Juro, quando li "show", quase caí pra trás. ESTAMOS FALANDO DE LEXINGTON.

O show foi divertido, lembro de ter pulado muito, tipo muito, que nem retardada. Normal.

- Minha visão do show.

- Gotta love!

Já a Section Eight fooooooooooi... Foi uma festa pós-show, numa casa que ficava no alto de uma montanha. Eu juro, subi uma montanha aquela noite. Agora imagine: inverno, neve e nós escalando montanha depois da meia noite. Deu tudo certo, mãe! Olha eu aqui contando essa história com ares de humor barato.

Foram muitos saldos positivos: amigos, luz negra (oi?), música boa, fogueira, foto com DJ.

- Ta amassaaaaaaaando...


- Muita luz negra na sua viiiiida, coisalindademais.

Já os saldos negativos... Uma bolsa, chaves e meu cartão da faculdade. A bolsa tinha valor sentimental, o cartão e a chave me custaram 25 dólares (cada).


- R.I.P bolsinha, linda, hunf.

Macado's/ Palms


NYC/DC

Não poderia esquecer das vezes em que pude sair dessa bolha e respirar um pouco do ar urbano (ahn?). As festas em NY e DC foram todas lindas e sempre com companhias maravilhosas, preciso dizer mais?

- I love NY!

- I love NY!

-I love DC!

- I love DC!

-I love DC!

Bom, segundo o meu resgate fotográfico (nunca que iria lembrar isso tudo de cabeça), esses foram meus 6 meses de festa nesse lugar....

*respira fundo, tá dando saudade*

Apesar de ter voltado muitas vezes pra casa frustrada por causa de festa que acabava meia noite, com música ruim ou gente chata, tenho tanta lembrança boa que dá até uma tristeza. Agradeço aos meus companheiros de todos esses crimes: Beta e Artur.

Vamos ao resumo do post? Vídeo...

sábado, 17 de julho de 2010

Retrospectiva - Fancy Dress

Bom, finalmente recebi a confirmação de que volto pro Brasil final do mês (cara de triste/cara de feliz/cara de triste/cara de feliz)!!!!

Eu já tô entrando na fase em que "preciso curtir os últimos momentos" (a.k.a torrar os dólares guardados em maquiagem, roupa e bloquinhos coloridos coisas muito úteis e que são caras no Brasil) mesclada com "ain, mais que saudaaaade daquele dia lá que a gente foi e zaszaszas". Poisintão, é aí onde eu quero chegar com esse "Retropesctiva" (todo trabalho no estilo Globo de ser) cafona do título.

Durante esses 6 meses, muuuuitas coisas aconteceram, mais muita mesmo, tipo coisapracaralho! É claro, que mais de 90% nem valeria um post, mesmo porque seria motivo de complicação para a minha pessoa/questionamentos de WTF?/ minha vida particular, né? Mas os 10% que sobraram renderiam boas histórias, e nesse clima de "olhar todas as fotos e CHORAR", vamos ao primeiro post da série:

Fancy Dress

- Jesoooooos, proteeeeege essas almas!

De longe, disparado, sem dúvidas, nunca pensarei duas vezes, todas-essas-coisas-que-a-gente-fala-quando-tem-certeza, foi a festa mais divertida de todas. Por divertida você entende: música boa, sem-noçãozisse e boas memórias (só esclareço isso porque todas as outras festas em que eu fui, sempre faltava uma coisa).

Só para situar vocês, o Fancy Dress é uma festa que acontece anualmente aqui na Washington and Lee, e é tipo aquele prom (ou Baile de Formatura) que a gente sempre vê nos filmes americanos. Mesmo esquema: pirar atrás de uma roupa, arranjar um par e fazer mil rituais antes de chegar na festa. E claro, é o momento mais esperado do ano!

Todo ano tem um tema diferente. Esse ano foi Moulin Rouge, e o legal é que tudo na festa tinha um toque de Moulin Rouge, desde ao kit que vinha com os ingressos até a ornamentação da festa.

Ser mulher no Fancy Dress é uma beleza, você só tem que se esforçar pra arranjar um par, pois é ele quem bancará o ingresso, o jantar e os pre-games. Ser mulher, internacional e comprometida no Fancy Dress é uma cilada Bino, você vai ter que economizar grana e dar um jeito de garantir seu lugarzinho na festa.

Como eu e meus amigos estávamos preocupados com a festa e nem ligamos pra esses detalhes, economizamos a grana e na hora de comprar, fechamos os olhos, abrimos a carteira e PÁ tapa-na-cara-da-sociedade: 70 dólares por um ingresso, poster, negocinho de colocar cerveja (sei o nome não, can cooler?), uma camiseta e dois copos personalizados. Eu sei, eu sei... Dar quase 140 reais numa festa é loucura, mas nem vem com esse olhar repressor que eu sei que tu já pagaste isso pra ver Pissirico e Jogo Duro da Bahia.

- O kit que eu falei, belezura.

O dia do Fancy Dress é cheio de etapas/rituais. Para um americano normal, estudante regular da W&L, rico, branco e lindo, as etapas são: começar a se arrumar por volta das 4/4:30, sair pra jantar num restaurante chique às 6/6:30, começar o pre-game lá pelas 7:30/8 e ficar nisso até o horário da festa pra já chegar lá tchunai.

Para um estudante internacional, sem acompanhante e sem dinheiro (lê-se eu e meus amigos), as etapas foram as seguintes: comer um pão com queijo e manteiga às 5 da tarde, ficar na internet até às 7, começar a se arrumar e a fazer o esquenta às 7:30, sujar tudo em casa, sair de casa pra fraternidade mais próxima, sujar tudo lá, abraçar os amigos, falar alto, e sair de lá tchunai.

- Realidade de um estudante internacional, sem acompanhante e sem dinheiro (etapa do jantar).

- Se arrumar e fazer pre-game...

-... tudo JUNTO!

- Registrar que um dia pareceu ser decente.

- Treinar uns passos de dança.

- Fraternidade mais próxima.

- Abraçar pessoas/ falar alto/ sujar tudo/ tchunai.

Além do frio do cão, a gente ainda teve que esperar uns minutos numa fila. A ornamentação tava muuuuuito legal! Eles pegaram os ginásios da faculdade e os transformam completamente. Não sei se é padrão, mas esse ano eles fizeram dois ambientes: um com banda e outro com DJ. Eu amei os dois, mas confesso que meu coração teve mais espaço pro ambiente onde tava a banda. Tava todo mundo dançando loucamente, a banda só tocava música boa E O MELHOR: os integrantes da banda eram todos negões/negonas e divos/divas. Preciso nem dizer que piro em negões/negonas e divos/divas, né?

- Frio feladapota!



- Fila pra entrar/ frio na barriga/ AEAEAEAEA!

-Negões/negonas e divos/divas!

Como eu sempre digo, "eu saio da Sapolândia, mas a Sapolândia não sai de mim", eu lembro de chegar onde a banda tava e minutos depois, JÁ TAVA CANTANDO "is getting hot in here/ So take off all your clothes/ I'm gettin so hot/ I wanna take my clothes off" lá na frente do palco. PÕE NA TELA, DATENA.

-REFLITAM!

Fazendo um resumão da festa mesmo porque lembrar de detalhes seria humanamente impossível, foi tudo muito bom! Saca aqueles momentos em que se você pudesse voltar atrás, voltaria umas 50 mil vezes? Isso mesmo.

- Vooooooooooooolta tempo, voooooooooolta!

-Lágrimas...

Daí você me pergunta "mas e no dia seguinte?". Tá ligado a cena do dia seguinte daquele filme The Hangover ? Pois é, tira o tigre que foi mais ou menos aquilo.