Tem coisa pior para uma mulher do que se sentir gorda? Sim, claro.
Estar gorda e ainda ouvir "cê ta mais cheinha" de pessoas próximas e alguns desconhecidos.
No grau
Eu nunca tive talento para fazer atividade física. Vivi uma época boa/fitness em que eu achava que era dançarina (quem me vê dançando hoje jura que eu nunca passei nem perto de uma escola de dança), mas depois que parei de dançar fiquei meio perdida... Tentei yoga, hidroginástica, cadimia, subir e descer a escada de casa, entre outros.
Mas o talento, como disse, sempre me faltou.
Então pensei "vou comer direitinho e pronto, esbelta forever!". Até os meus 21 (oi, tenho 22 e 10 dias) foi lindo. Lembro que em 2007 cheguei no auge do "tô bem, tô pele e osso", mas também! Fiz a famosa dieta do "quero passar em 4 faculdades e não tenho vida". Quatro anos depois... Arranjei 2 cursos, um emprego e 6 quilos.
Do meio de 2010 até novembro de 2011 eu vivi num mundo paralelo em que comer churrasquinho com farofa 3 vezes na semana era nutritivo, em que cerveja não dava bucho, em que subir a escada da minha casa até o meu quarto e "andar na rua pra fazer matéria" eram os exercícios mais recomendados pela revista Boa Forma.
Quando eu me vi assim,
veio a fase da negação:
"O que vocês querem roupas? Querem aparecer? Que história é essa de encolher?"
- GORDAA
Resolvi comprar roupas novas e vi que tinha pulado do 38 para o 42.
"Que história é essa roupas novas? Vocês querem me humilhar?"
- SIIIIIIM!
Ok, eu tô gorda. Entrei no grupo de pessoas que tiram foto com a mão na barriga, prendem a respiração e ficam no fundo nas fotos de grupo...
MAAAAAAAAS como qualquer pessoa sensata e racional eu resolvi emagrecer. Primeiro, resolvi procurar uma nutricionista dieta na internet que me fizesse perder 6 quilos em 15 dias. Yeeeey! Achei.
Depois veio a parte do exercício físico. Matrícula na academia mais próxima de casa? Claro que... não. Comecei a fazer yoga.
Na arte de fazer tudo errado, pretendo estar 6 quilos mais esbelta em janeiro. Ah! Ia esquecendo.... Hoje comecei a pular corda, mas depois de tanta lambada que eu levei (de mim mesma), sei não...
A nova tarifa do transporte coletivo caiu como uma bomba no orçamento do usuário. Até então ela era técnica, mas no dia 24 de março o Prefeito Amazonino Mendes deu a canetada no contrato e pronto, foi. Porém, há uma condição: ela só entra em vigor assim que a “ frota mais nova do Brasil” começar a circular na cidade, ou seja, agora o manauara será obrigado a recontar as moedinhas e somar mais 50 centavos na passagem. Antes de eu afirmar que isso “é um absurdo, um roubo”, vamos entender um pouco, do que há por trás dessa “nova era” do transporte coletivo em Manaus.
Desde 2007, a concessionária TransManaus era responsável pelo transporte da cidade, um consórcio formado pelas seguintes empresas: Transamazônica Transporte (Eucatur), São José, Via Verde, Ponta Negra, City Transporte, Líder e Regional Transportes. No final do ano passado, mais especificamente no dia 5 de novembro, a Prefeitura, por meio da SMTU, realizou uma audiência pública para discutir a necessidade de uma nova licitação para o transporte público. Tudo certo. Edital foi publicado, o processo licitatório começou. E a lambança também.
Das mais de 30 empresas que compraram o edital, apenas 9 conseguiram um lugarzinho na concorrência. Foram elas: City Transportes Ltda, Viação São Pedro Ltda, Rondônia Comércio e Extração de Minérios Ltda, Viação Nova Integração Ltda, Via Verde Transportes Coletivos Ltda, Transtol Empresa de Transporte Coletivo Toledo Ltda, Expresso Coroado Ltda, Global GNZ Empreendimentos e Participações Ltda e Auto Ônibus Líder Ltda.
Passadas as duas fases do processo, foi divulgado o resultado e as contempladas foram: Via Verde Transportes Coletivos LTDA, City Transportes LTDA, Auto Onibus Líder LTDA, Viação São Pedro LTDA, Expresso Coroado LTDA, Rondônia Comércio e Extração de Minério LTDA, Viação Nova Integração LTDA, Transtom Empresa de Transporte Coletivo Toleto LTDA e Global GNZ Empreendimentos e Participações LTD.
Eu não entupi vocês com essas listas de empresas à toa, vamos as evidências que desde sempre foram esfregadas na nossa cara pela SMTU. Não é difícil perceber! Três empresas que faziam parte da concessionária TransManaus, aquela que a SMTU enche a boca para dizer que só colocava ônibus horríveis na cidade de Manaus, estão alí ó: vencedoras e detentoras de uma fatia do nosso transporte miserável.
E a lambança vai além, segundo matéria "Transporte público de Manaus está sob o mesmo domínio", da jornalista Monica Prestes, publicada no dia 21 de março, no Portal A Crítica, coisas piores acontecem nos bastidores. Ela afirma o seguinte:
"...os sócios de outras duas empresas da Transmanaus, a Viação Ponta Negra e a Regional Transportes, também seguem no sistema.
Os irmãos Thiago e Raphael Ferreira, proprietários da Viação Ponta Negra, são os sócios da Viação São Pedro, uma das vencedoras da atual licitação. O outro é Paulo César Barreira, antes Regional Transportes que, agora, responde pela Expresso Coroado.
Os outros três empresários são “figurinhas carimbadas” no transporte da capital. Carmine Furletti é sócio da City Transportes, Paulo Eduardo de Oliveira é um dos proprietários da Via Verde Transportes e César Tadeu Teixeira responde pela Líder Transportes. Todas faziam parte da Transmanaus e devem continuar no sistema porque, segundo a prefeitura, se desvincularam do consórcio."
Agora me digam? De onde devemos tirar esperanças para acreditar em tudo o que o Superintendente e o Prefeito insistem em afirmar? Como repórter, pude acompanhar a abertura do Fórum de Debate e Estudos Técnicos que discutiu a tarifa. Acenderam-se os holofotes, microfones, gravadores, bloquinhos ficaram posicionados e o senhor Marcos Cavalcante falou em alto e bom som:
"Essa situação vai mudar, nossos ônibus são uma vergonha"
Seriam realmente eles, os ônibus, a verdadeira vergonha? Quando questionado sobre o possível valor da tarifa, sem pensar duas vezes, no tapa, soltou: "vai subir".
E subiu. Foram levados em consideração gastos com bilhetagem, despesas administrativas com equipamentos de bilhetagem, plano de saúde para rodoviários e o número de passageiros. "Mas" - lembrou enfático - "essa tarifa só será cobrada assim que os 858 ônibus entrarem em circulação", terminando com um largo sorriso.
Oitocentos e cinquenta e oito ônibus. Novos. Promessas.
Impossível deixar o ceticismo de lado, respirar aliviada, sabendo que, nos terminais, pessoas são humilhadas diariamente por conta do transporte indigno oferecido. Para os empresário e a SMTU, o aumento é aceitável. E para aqueles que realmente dependem do serviço? O impacto na vida dos usuários vai ser grande. Em uma sociedade em que a muitos economizam no almoço para garantir a janta, 50 centavos podem significar um rombo no final do mês. Os universitários já estão indo às ruas, gritando, parando o trânsito, na tentativa de chamar a atenção. Estão certos, certíssimos. É muita coisa de uma vez: fim da domingueira, diminuição da frota do ônibus Integração e 2,75 de passagem.
Quando que a moral e a sociedade vão realmente se prioridades nas escolha de nosso representantes? A falência do sistema está ai, só não enxerga quem não quer.
Ps. 1 Quem entrou aqui no dia em que o texto publicado deve estar se perguntando "mas ué, na outra versão a tarifa tava 2 e 80?". Estava, mas só hoje - dia 29 - de manhã o superintendente da SMTU, Marcos Cavalcante, anunciou que a tarifa foi fechada em 2 e 75. Ou seja, 5 centavos a menos, AGORA SIM FEZ UMA GRANDE DIFERENÇA, orra!
Ps. 2 Esse texto é a versão original de um artigo que ainda será publicado no blog da minha turma de jornalismo da Ufam, como o Saca tava muito parado, aproveitei que tinha algo e resolvi colocar aqui antes.
Passei o dia ouvindo comentários sobre este vídeo do Amazonino.
"Tá certo! Esse povo é burro mesmo! Votam nele, têm mais é que ouvir isso, ouvir umas verdades!"
"Que absurdo, como que ele diz uma coisa dessas!!!"
"Eeeeesse é o nosso prefeito"
"Quem mandou esse povo ser burro, agora aguenta!"
Tenho 21 anos, nunca passei nenhum tipo de necessidade, NENHUM. Nunca tive nem sequer uma goteira no meu quarto. Nunca tive lama no chão da minha casa. Nunca fiquei com medo por causa da chuva. Nunca me faltaram condições para estudar. Nunca fui obrigada a passar uma hora, uma horinha, em um local que me deixasse exposta a algum risco iminente.
Nunca votei no Amazonino. Nunca simpatizei com a figura política dele. Nunca achei certo as pessoas votarem nele.
Agora, de que lado estou? Da senhora "burra e paraense", condenada à morte? Ou do político que "rouba, mas faz"?
Estou ao lado das pessoas de respeito, ponto.
E nem me olhe com essa cara de "ah, deixe de clichê, falar de fora é fácil". Falar de fora é fácil, com certeza, mas difícil é parar pra analisar a situação e daí concluir qualquer que seja o pensamento.
A senhora é culpada? Sim, afinal de contas, morar no topo de um barranco, com um solo instável, é assinar um atestado de que a coisa vai ficar crítica em algum momento. Mas tá, saindo da nossa vida real e entrando na hipotética.
Digaaaaaamos que Manaus fosse o lugar perfeito. Onde todos os que aqui chegassem, tivessem onde morar, uma casa garantida, em um local super seguro. Mas mesmo assim uma senhorinha vai lá e constrói um casebre no alto de um barranco... Ela seria burra e culpada?
O Amazonino é culpado? Sim. Pelos trocentos anos de relação com Manaus, ele já deveria saber de trás pra frente, de frente pra trás todas as áreas de risco da cidade. No mínimo, teria implementado uma medida preventiva e tentado tirar esse povo antes que tragédias acontecessem. Ou então, seria radical e proibiria as invasões de uma vez por todas! Mas o que ele fez? Digam? Mamou nas "tetas" desta e de outras misérias. Mas tá, saindo da nossa vida real e entrando na hipotética.
Digaaaaaamos que Manaus fosse o lugar perfeito. Onde todos que aqui chegassem, tivessem onde morar, uma casa garantida, em um local super seguro. E o grande herói disso tudo fosse o Prefeito Amazonino Mendes. Mas mesmo assim uma senhorinha vai lá e constrói um casebre no alto de um barranco... O prefeito, preocupado com a situação, vai lá ver a senhora. E no calor da discussão, vira para ela e diz "MORRA!". Ele seria culpado?
Vocês estão entendendo a minha linha de raciocínio? Sem politicagem ou falso moralismo. Para mim, este episódio transcende este tipo de discussão. Toda vez que eu assisto ao vídeo, me sinto envergonhada por ver um líder municipal falar desta forma, na frente de pessoas que perderam tudo, sem um pingo de respeito.
"Aaaaah, mas eles sabiam que isso podiam acontecer, que bla bla bla!"
Sim, mas e daí? Eles sabiam, sim! Mas quem garante que eles tiveram a OPORTUNIDADE CONCRETA de sair de lá? Tudo bem que resolver o problema de invasões na nossa cidade não é algo do dia para a noite, mas em se tratando de Amazonino... Convenhamos que ele não começou ontem, certo?
E o direito básico desta senhora de ser respeitada? Só porque ela, ao contrário de mim, de você, dos seus amigos, não teve chance de estudar, ou de escolher um local decente para viver, isso faz dela uma cidadã indigna ao ponto de ouvir o prefeito mandá-la morrer?
É isso que mais humilha, entristece.
Por muitas vezes, durante as minhas reflexões ao longo do dia, fiquei pensando que esse assunto é, na verdade um looping infinito. Algo "quase" assim:
Não tenho onde morar -> INVASÃO -> Candidato, preciso de uma casa -> Vote em mim! -> E a casa? -> Se acalme, vamos, pegue essa cesta básica -> Prefeito, perdi tudo! -> Saia daqui! - > Mas não tenho para onde ir! -> MORRA! -> Não tenho onde morar -> INVASÃO -> Candidato,...
Mas é, e continuará sendo, enquanto muitas mentes não mudarem.
Começando pela nossa...
PS. Eu não fui cobrir esse deslizamento hoje, mas um amigo jornalista foi e escreveu isso aqui ó, vale a pena:
Oiean! Acabei de postar o primeiro "Sacasó", é só clicar aqui ou então ir ali em cima, na barrinha de páginas e clicar em Sacasósemanal. Lembrando que toda semana vai rolar texto novo por lá também. O assunto dessa semana é o Grito Rock 2011, imperdível!
Para enviar sugestões de post para esta página, só mandar para o email sacaniemail@gmail.com
Minhas sandálias e sapatilhas viraram lambança por conta da lama/ chuva que tenho enfrentado nas últimas reportagens. Talvez um sapato de saco plástico de supermercado me ajude.
Glamour, onde?
Café.
Gastrite.
Sem tempo.
"Teu texto já tá pronto?"
"Segundo o especialista Fulano de Tal..."
"Esse texto tá horrível. Preciso de mais informações..."
"Onde você tá? / Tô aqui no São José I terminando uma pauta/ Hum, tá, termina isso rapidinho porque você tem que tá em 5 minutos lá na Ponta Negra, ok?"
"Já terminou? Beleza, agora corre na Delegacia de Roubos e furtos porque acabaram de ligar aqui na redação dizendo que vai rolar apresentação de quadrilha."
"Te manda pro Nova Vitória. Uma senhora ligou pra gente agora dizendo que eles estão fazendo uma manifestação. Não sei te de dizer sobre o que é, apura lá! "
"Estamos sem água aqui, moça! Sem luz, sem transporte, sem casa, sem segurança."
Pizza de suor debaixo do braço.
Maquiagem derretida.
Cabelo oleoso.
Caneta.
Poeira.
Papel.
Fita.
5:50 - O JORNAL TÁ NO AR!
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Vida longa e sucesso aos que escolheram a mesma profissão que eu. Ainda sou uma foca, iniciante, aprendiz. Tenho 5 meses de reportagem e muitas pautas pela frente. Aos jornalistas "dinossauros" e experientes que me encontrarem por ai, por favor, se eu fizer uma pergunta idiota, relevem! Todo mundo já foi foca.
Olá queridos leitores lindos/cheirosos/ricos/dançarinos de axé, como estamos? Bom, este post é mais para me auto-parabenizar pelo explicar o novo visual do blog (cof cof cof). Se não fosse pelas orientações do divo da lambada, @rafafroner, meu mundo cairia! Eu não teria conseguido mudar aquele layout manjado, ultrapassado, envelhecido, empoeirado uruquento e antigo. Passei a minha tarde de domingo toda batendo cabeça e voi lá! Fiz esta patifaria e insisto em chamá-la de "nova cara do blog". Agora, tin-tin-por-tin-tin:
Início
Dã.
Sobre
Uma história da parceria que eu e minha cabeça começamos em 2003.
Vídeos
Não esperem coisas bonitinhas e nem músicas da Claudia Leitte com aquelas letras de word passando na tela. Caos, bizarrices e essas coisas que todo mundo DIZQUENÃO, mas vê!
O nada
(????)
Sacasósemanal
Saca-só-semanal é tipo "saca só essa parada aqui, brother". Semanalmente postarei algo bacana, interessante ou, no mínimo, digno de segundinhos de atenção. Não tenho temas definidos ainda, mas sinto que vou falar de eventos/manifestações culturais. Aceito sugestões para essa parte do blog! Se você conhece uma banda bacana, um livro bacana, um evento bacana, qualquer coisa BACANA (e não babaca), manda pra mim no sacaniemail@gmail.com.
Sim! Eu fiz um email pro blog! E sim, é esse o nível de tosqueira da minha criatividade hoje.
Agora... POR FAVOR! Nada de mandar email com taradisse ou de corrente. Eu sou sinistra mermão, nascida na Sapolândia e faixa preta em briga com fundo de garrafa. Portanto, seja um leitor legal, contribua para o crescimento deste blog (hahahaha tosco)!
Amanhã já devo postar o "Sacasó" dessa semana. Funciona assim: eu posto o texto na página e divulgo aqui, na página inicial.
"Aaaaah, mas por que essa firula? Posta logo tudo junto!"
DEIXA EU FINGIR QUE EU SOU ORGANIZADA E FAÇO COISAS SÉRIAS??? Grata. Vou postar lá, para o meu leitor gente fina e brother não ter que ficar procurando nos arquivos, por isso esses textos vão ficar lá, separadjenhos.
A vida é repleta de pequenas-grandes perguntas. Percebi isso hoje, enquanto ia para academia.
Não, não, a pequena-grande pergunta da vez não foi "estarei eu com um bucho maior do que o normal?". Na verdade isso foi constatado por especialistas ontem. É OFICIAL - assim como a aposentadoria do Ronaldo Fenômeno - meu bucho está grande.
Pequenas-grandes perguntas são aquelas que alguém te faz do nada e isso reflete na sua vida como um sarrafinho, daqueles dados com galho de bananeira. "E ai, quando tu vais arranjar um emprego?", "Huuum, esse namoro tá durando. Quando sai o casamento?", "Quando você vai sair de casa?", "Quando você vai deixar de ser um zé ruela, idiota?" (hehe, essa última é sempre feita mentalmente).
Enfim, no caminho lembrei que semana que vem as aulas na UFAM recomeçam. Sabe, depois de uns dois anos a UFAM vira uma espécie de corrente com bola de ferro na ponta. Não que eu seja mal-agradecida, longe disso! Afinal, eu poderia estar individada e correndo da sala pra cozinha pra tentar pagar uma faculdade particular. Mas a vontade de "se livrar" dela aumenta a cada ano. Minha vontade seria outra se a instituição tivesse uma estrutura digna. Mas né, todo mundo sabe que não tem.
Há 2 semanas, tive a alegria de acompanhar a formatura dos meus irmãos mais velhos. Foi incrível, na mesma semana um virou médico e outro "advogado" (entre aspas porque ele não será um). E a pergunta que mais ouvi durante os festejos foi:
E você, se forma quando?
AAAAAAAAAAIMEUCACETEDABAHIAQUECAGASSO!
Minha pequena-grande pergunta do momento me dá até suadeira...
A incerteza em relação a quando deixarei a vida de universitária surgiu de algo bom. Se não fosse pela bolsa de estudos que eu ganhei ano passado, com certeza iria me formar no tempo certo. MAS né, de um lado a gente perde, do outro a gente ganha (isso pareceu música do Nx Zero).
Então pessoas lindas, maravilhosas, quando forem perguntar... Perguntem com carinho e sentem, porque eu vou contar uma longa história e fazer cara de sofrida.
Que venha a UFAM, as aulas que não existem, as manhãs perdidas, as horas nas estantes empoeiradas da biblioteca e o pão de queijo de 50 centavos.
Ah, só lembrando! Quem chegou hoje aqui no blog, eu fiz uma série de "posts especiais" sobre a UFAM. Vale a pena conferir, principalmente se você for um calouro lindo, cheio de empolgação. Segura na mão de Deus e clica:
* Açaí com granola? Isso é um chute no meu saco imaginário, um peido na cara do meu regionalismo. Toda vez que vejo alguém colocando granola/MM's/tranqueira no açaí, me sinto uma italiana vendo um turista colocar catchup numa pizza. Uma japonesa vendo um ocidental ensopar um sushi de molho shoyo. Parece frescura né, e é! Mas ah!
* Dia desses sai de casa determinada a comprar um Moleskini (se não conhece, clica aqui). Eu tenha essa mentalidade boba de que a cada bloquinho comprado, novas ideias terei. E por que não comprar o "bloquinho dos bloquinhos", de páginas amarelinhas, elástico e capinha de couro?
Sou pobre e a porcaria custava 79 reais na Saraiva. Mas de tanto procurar, achei uma marca genérica, minha mais nova paixão: teNeues. A semelhança era grande, mas nem comprei o modelo que parecia com o Moleskini. Comprei um outro, colorido, de fecho magnético. Fiquei satisfeita.
- MIMO!
* Minha mãe fez um Facebook. O feitiço se virará contra a feiticeira. Adivinha agora quem vai gritar "sai da frente desse computador, menina" ?
* UuuuuuuUuuuuuuuuuuuuuuuUUUUUUUUUUUUH BARBRA STREISAND. Meu mais novo vício! E do meu irmão também! É uma música besta e divertida. Tchequiráuti!
Não satisfeito, meu irmão me mostrou o site chamado GoBarbra.com, achado pela diva Carol Marrocos (nossamiga)! Daí deu nisso:
(clicanaimagem)
Anos de diversão, vou colocar o nome da família toda!
* Cortei o cabelo, voltei a ter 5 anos. E tô com saudades de pintar as unhas de uma cor bem escura... Mas por enquanto não pode, "tira a atenção do telespectador". Nas férias - se um dia elas vierem me visitar - eu pinto.
Nessas minhas andanças pelos bairros de Manaus, deparei-me um dia desses com uma criancinha, daquelas de barriga quebrada, tomando refrigerante numa sacolinha de plástico.
Deu uma saudade.
Fazia muito isso quando pequena. Assim como várias outras coisas bobas que eu supervalorizava quando criança, o simples ato de trocar um copo por um saquinho já mudava meu humor.
Era diferente.
Parecia que o refrigerante era mais gelado, mais gostoso. E exigia também algumas habilidades: nada de deixar escapulir! O plástico ficava escorregadio, tinha que ter manha! Esperto era quem conseguia colocar o máximo de refri, torcer a pontinha da sacola e beber tudo com canudo.
Fui inventar de procurar imagens no google pra ilustrar esse post, mas só achei coisa tosca, hahaha. Nada que represente meu saudosismo.
Então, encontro vocês na taberna do Português. A gente pede três cocas (de garrafinha!) arranja uma sacola (sem nojinho) e pronto!
Não vou nem começar este post falando o quanto eu odeio tenho pouca afinidade com academias. Vou começar dizendo que mesmo achando um saco não simpatizando muito com a ideia de ficar naquele ambiente de maromba, EU RESOLVI ENGOLIR O ORGULHO, TIRAR AS MINHAS ROUPAS DE MALHAR DA NAFTALINA e levar minha flacidez pra dar uma voltinha numa cadimia da cidade.
Hoje, quinto dia de maromba, fui fazer aula de bike. Cara, essa é uma das aulas mais desconfortáveis que existem. Sabe Deus o motivo, eu encaro.
A bunda dói naquele banquinho infeliz; a coluna dói, não tem apoio e você fica todo tronxo; as pernas doem. Além da dor, a aula frustra um pouco... Você olha pra frente e vê aquele professor super animado, dando uns gritos, inventando umas histórias de que "o próximo exercício é pra gente subir uma montanha, UHUL", que aparentemente não fica cansando e com sede nunca.
Daí você pensa "MÁ QUE MEEEERDA, eu nãoan aguentoaaaaaaaaaaa mais", sai da bike, suspende ela, joga no vidro da sala, destrói tudo e vai embora.
Queridoash! Como vai esse recesso? Já cansados de passar o dia tostando o bucho na praia, de comer muito sanduiche natural e de criar uma praia particular com tanta areia acumulada na sunga/biquine? Bom, se a resposta for "sim", vão se lascar porque eu não to de férias e nem pra laje eu posso ir.
Bom, ainda estou morrendo de preguiça ajeitando as novidades do blog. Enquanto esse dia não vem, vou deixa-los (las) com um vídeo em que fiz uma participação infeliz "especial". Na verdade, o vídeo é do blog do meu amigo Rafael Froner. Enfim, o blog dele é muito mais bonito e atualizado que o meu, então vale a pena acessar:
- Decepção na certa. Sou a mistura de um bonecão do posto com travesti na vida real. - Quem já não ia com a minha cara arranjou mais um motivo! - Se não der em alguma coisa, pelo menos dá em merda.
Segura na mão de Deus e clica, lembrando que quem clicou foi VOCÊ e a gente nem tem como devolver os minutos que você desperdiçou. Minha brotheza é mais forte, custa nada avisar!
Viu? Nem pra entrar de recesso eu presto! Enfim, umas coisas surgiram na cabeça antes de dormir e achei interessante pra minha memória deixar isso aqui registrado.
Hoje fui fazer uma matéria que me deixou pensativa.
Nem curto muito ficar postando sobre o meu cotidiano jornalístico, sei lá, como ainda tô na fase de estagiária-aprendiz, acho meio forçado ficar pagando de"super jornalistona das matérias maravilhosas", sendo que não faz nem 6 meses que eu realmente comecei a "fazer" jornalismo. Bom... Quem sabe no novo Saca, isso comece a aparecer por aqui?
Não a super jornalistona wannabe, mas algo meio que anti-heróica (isso ainda tem hífen?) de meu divo Caco Barcelos. Enquanto ele mostra os bastidores naqueleprogramacoisalindadeDeus, eu escrevo sobre as bizarrices e situações inusitadas que passamos. Well... Por enquanto a Camila-repórter-muito-séria ainda não se mistura com a Camila-do-blog-vontade-de-dormir-bocejos. Enfim, voltando...
Saí pra fazer uma matéria sobre malária. Na verdade era sobre uma pesquisa que o Inpa vem desenvolvendo em parceria com outras universidades (nacionais e internacionais TCHEMETCHÊ) para ajudar no combate da doença. Bom, não vem ao caso explicar a pesquisa, mas se alguém ai tiver muito, muito, muito afim de saber, manda um email que eu explico de uma forma simples e duvidosa fácil de entender.
Então, não era sobre isso que eu queria escrever. Toda essa firula era pra chegar ao que me deixou pensativa minutos antes de pregar os olhos e esquecer o mundo por alguns minutos (ou entrar em outro mundo, alo-ou SAY YEAH quem assistiu Inception e captou essa piadinha! Não? Ok).
Depois da aula de malária entrevista com o pesquisador (que apesar de demorada, foi uma injeção de conhecimento), fui atrás de "personagens". Pra quem não é jornaleiro ou jornalista, vale a explicação: personagem é a parte "humana" da matéria. É o "Seu João", a "Dona Maria", enfim, as pessoas que compartilham histórias, experiências , 2 minutinhos de prosa e que sempre enriquecem qualquer reportagem chata.
Queria pessoas que tivessem tido malária várias vezes. Com a ajuda de um rapaz chamado "Catita", que é lá do Inpa e trabalha com os pesquisadores, fomos atrás destas histórias. Chegamos ao Ramal do Rufino, área beeeeem rural, lá pras bandas do Puraquequara.
Lá conheci Seu Mario Jorge e Francisca. Ele é agricultor e vive lá há 21 anos; ela é servente em uma escola e vive lá há uns 8 anos. Depois das apresentações, todo mundo já bem a vontade, fiz a pergunta.
"E aí, quantas vezes vocês já tiveram malária?"
A Francisca, mãe de 2 filhas, teve 30 vezes. ARRAM, trinta vezes. Ela não deve ter 35 anos. As filhas, uma de 8 e outra de 4 também já tiveram mais de 2 vezes a danada da malária.
Já Seu Mario Jorge teve 17. Quando eu escrevo "seu" é de senhor mesmo. Apesar de ele não ter dito a idade (e eu ter esquecido de perguntar), contei as rugas e somei tudo com os calos das mãos, dos pés e a pele queimada de sol. Conclui que ele já tinha passado da época de jovem.
Mesmo com a malária, com a distância da cidade, com os poucos recursos, eles me disseram com um sorrisão no rosto um "não saio daqui por nada". E ainda nos convidaram pra visitá-los outras vezes, pode?
Entenderam? Eu entendi, vi que a minhas crises de sinusite são fichinha perto de 30 malárias! Vamos agradecer por tudo, ponto.
Desculpem-me se esse final ficou muito clichê, mas nem todas as coisas da vida são super descoladas e pra frentex, né?
Ps. Não me perdoo de não ter tirado uma foto com eles!
Bom, decidi entrar formalmente em recesso aqui no blog. Tá, tá... Faz uns 5 mil anos que eu não posto, meus textos não são mais os mesmos, blablabliblabla.
OK, eu entendi, anotei tudo no meu bloco de notas mentais e TCHARAN!
Papo, tem tcharan nenhum não. Só vou planejar umas coisitchas novas para o blog. Na real já tenho tudo na cabeça, só falta alguém (que eu já achei, RÁ) pra fazer um template novo e me passar uns outros guéris-guéris, possíveis parcerias... ENFINS, se tudo der certo, até o final dessa semana o Saca aparece de cara nova, endereço novo, textos novos...
Enquanto o Saca2011-pernão-sarado-barriga-de-tanquinho não vem, deixo este vídeo pra vocês refletirem sobre o futuro de suas vidas...