É esse o tipo de coisa que você está sujeito a ouvir no centro da nossa cidade.
- Ôôô, ôôô, ôôÔ!
Hoje, após "fazer" a prova da Suframa, fiquei na rua (cultivando umas raízes) esperando a minha carona, quando DONADA - por abiogênese, ou não - surgiu uma mini-banda de forró na esquina da 10 de Julho.
Sorrateiramente, os forrozeiros foram chegando... primeiro o maldito tecladista ficou fazendo vários sons "irados", no bom e velho estilo "meu teclado comanda". Depois o vocalista foi testar os microfones, putis grilis PRAQUÊBROTHER, os meus minutos de paz se transformaram em inúmeros "1, 2, 3, TESTANDO! Alô, som! ALONSSOM!".
Nesse meio tempo, eu fiquei sentada tentando me preparar psicologicamente pro que iria acontecer, mas acho que foi meio inútil, já que no primeiro "UOUOUOUOOOOOU" dos forrozeiros já me espoquei de rir e fiz várias caras do tipo "não creeeeeeio"...
O que eu acho engraçado desses forrozeiros (sem tom pejorativo), é que eles cantam e conversam ao mesmo tempo! Não é aquela coisa do tipo:
"Você não sabe disfarçar, dá pra ver no seu olhar, como é bom sentir prazer (...) Me beija, me beija, me beija...! Só vocês galera... "
Eles nunca param no "só vocês galera", sempre tem que rolar uma conversa mais pessoal, tipo:
"Você não sabe disfarçar, dá pra ver no seu olhar, como é bom sentir prazer (...) ME beija, me beija, me beija..! E aí Jailson, beleza? Uhuuuu, me liga pra gente resolver aquela parada da venda da casa, uhuuu, me beija, me beija, um beijo roubado, me beijaaaaaa... "
Enfim, no mínimo curioso, porém essa não foi a pior parte do pocket show. A parte feminina do grupo se superava em todos os sentidos: uma voz que MEUDEUS! Tive medo... e a perfomarce a la Joelma do Calypso depois de levar muitas tamancadas.
E o gran finale foi o título do post:
"Me beija, me beija, me beija, um beijo molhado, roubado, ME BEIJA 10 DE JULHO"!
Juro, quase vomitei, mas deveria ter filmado isso...
Enfim, veneno devidamente destilado por hoje, agora é só e amanhã jamais!
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