segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

E você, se forma quando?

A vida é repleta de pequenas-grandes perguntas. Percebi isso hoje, enquanto ia para academia.

Não, não, a pequena-grande pergunta da vez não foi "estarei eu com um bucho maior do que o normal?". Na verdade isso foi constatado por especialistas ontem. É OFICIAL - assim como a aposentadoria do Ronaldo Fenômeno - meu bucho está grande.

Pequenas-grandes perguntas são aquelas que alguém te faz do nada e isso reflete na sua vida como um sarrafinho, daqueles dados com galho de bananeira. "E ai, quando tu vais arranjar um emprego?", "Huuum, esse namoro tá durando. Quando sai o casamento?", "Quando você vai sair de casa?", "Quando você vai deixar de ser um zé ruela, idiota?" (hehe, essa última é sempre feita mentalmente).

Enfim, no caminho lembrei que semana que vem as aulas na UFAM recomeçam. Sabe, depois de uns dois anos a UFAM vira uma espécie de corrente com bola de ferro na ponta. Não que eu seja mal-agradecida, longe disso! Afinal, eu poderia estar individada e correndo da sala pra cozinha pra tentar pagar uma faculdade particular. Mas a vontade de "se livrar" dela aumenta a cada ano. Minha vontade seria outra se a instituição tivesse uma estrutura digna. Mas né, todo mundo sabe que não tem.

Há 2 semanas, tive a alegria de acompanhar a formatura dos meus irmãos mais velhos. Foi incrível, na mesma semana um virou médico e outro "advogado" (entre aspas porque ele não será um). E a pergunta que mais ouvi durante os festejos foi:

E você, se forma quando?


AAAAAAAAAAIMEUCACETEDABAHIAQUECAGASSO!


Minha pequena-grande pergunta do momento me dá até suadeira...

A incerteza em relação a quando deixarei a vida de universitária surgiu de algo bom. Se não fosse pela bolsa de estudos que eu ganhei ano passado, com certeza iria me formar no tempo certo. MAS né, de um lado a gente perde, do outro a gente ganha (isso pareceu música do Nx Zero).

Então pessoas lindas, maravilhosas, quando forem perguntar... Perguntem com carinho e sentem, porque eu vou contar uma longa história e fazer cara de sofrida.

Que venha a UFAM, as aulas que não existem, as manhãs perdidas, as horas nas estantes empoeiradas da biblioteca e o pão de queijo de 50 centavos.

Ah, só lembrando! Quem chegou hoje aqui no blog, eu fiz uma série de "posts especiais" sobre a UFAM. Vale a pena conferir, principalmente se você for um calouro lindo, cheio de empolgação. Segura na mão de Deus e clica:

UFAM É PARA FORTES #1
UFAM É PARA FORTES #2
UFAM É PARA FORTES #3
UFAM É PARA FORTES #4

3 comentários:

rapaz disse...

mana, fico triste com essas informações sobre a UFAM, apesar de nunca ter tido vontade de estudar nela justamente pq os cursos que me interessavam não tinham nela, né.

Mas enfim, segura na mão de Deus e rema!
uma hora chega!

;)

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Confesso que eu me identifiquei um pouco com este post. Geralmente quando as pessoas faziam este tipo de pergunta a mim ("Quando você vai se formar?"), havia um silencioso espaço de uns 3 segundos entre a pergunta e a minha resposta.
É curioso como, além das dificuldades que você citou de um estudante universitário da UFAM, também existem os problemas pessoais como aquela perguntinha que fazemos a nós mesmos: "Será que é isso mesmo que eu quero da minha vida?". Aí depois temos os probleminhas mativacionais que nos perseguem de vez em quando e por aí vai. Mas, no fim das contas, o que percebemos é que o tempo é relativo. Cada pessoa tem seu ritmo, tem o seu prórpio tempo. Se alguém demora mais do que o previsto para se formar, não significa que a pessoa é menos qualificada. Durante um curso inteiro acontecem várias situações que exigem de nós determinadas atitudes. Acontece da gente ter que dar um tempo e fazer um outro curso, uma viagem ou até dar um tempo a nós mesmos. Hoje eu aprendi a respeitar o meu ritmo e compreender que nem tudo é imediato e que eu vou me formar no meu tempo certo, sem ficar me desesperando a cada pergunta que me fazem: "E aí, vai se formar quando?".
Entendo que todos deveriam pensar desta forma. Sem desesperos, por favor! :D