sexta-feira, 18 de julho de 2008

Feira-funk

Às vezes fico me questionando se ainda há uma esperança de existir um limite para o exibicionismo neste mundo?

Ok, comecei o post com um questionamento pseudo-sério só para amortecer a queda da tosqueira que está por vir nas próximas linhas. Desculpem-me, mas será algo pesado, terá nome de fruta e bundudo. Pois bem, quem ai já não ouviu falar nesta nova palhaçada do funk carioca que é a de lançar uma mulher com alguma parte do corpo avantajado, compará-la a uma fruta da feira e BAM transformá-la em uma “celebridade instantânea”!?




Tudo bem que isso não é algo recente, afinal, temos a Rita Kadillac e a dona Gretchen pra provar que desde que os nossos pais eram mocinhos e mocinhas, a mulherada já arranjava um jeito de fazer sucesso expondo suas “partes”.

Mas naquela época, tudo era “um pouco” menos pior. A Gretchen rebolava pacas, mas era algo que hoje em dia não ofenderia muita gente; a Ritona fazia todo aquele teatro de empinar a bunda e tocar os pés, maaaas tudo bem, isso nos dias de hoje é sopa. Porém, a nova leva de “ritas” e “gretchens” é extremamente hardcore. Sabe aquela preocupação de se fazer de boa moça? Foi-se. Aquela balela de que não quer ganhar dinheiro as custas do corpo? Foi-se.




Enquanto a Rita Kadillac achava que tava apavorando deixando a macharada dar um selinho de leve em sua buzanfa, a Mulher Melancia deixa os “homi” comerem pizza em suas coxas em uma matéria do Pânico, feita pelo Christian pior. Enquanto a Gretchen achava que “Conga La Conga” era o ápice da maldozisse rebolativa, a Mulher Jaca faz um 360° com a bunda.

Eu fico pensando qual será o critério avaliativo desses mestres da criatividade pra chegar a denominar uma potranca com o nome de fruta. Tá, a Mulher Melancia faz jus ao apelido, peloamor, mais de um metro de bunda já pode ser considerado como fruta de grande porte. Mas sei lá, e a Jaca? Melão? Melão nem é uma fruta robusta. E A MORANGUINHO? Como que um ser se compara a uma fruta de formato bastante indefinido que ainda possui trilhares de pontinhos pretos do lado de fora?







Enfim, é o poder da evolução! Há 30 anos, hardcore era ver as chacretes fazerem meia dúzia de passos porcamente ensaiados; hoje, doido é ver um “seleto” grupo de “mulheres direitas” aparecerem na televisão só porque alguém teve a maldita idéia de compará-las a um alimento.

Faz favor. Tenho medo, como será daqui a 30 anos?

Fotos: G1

ps: eu sempre faço uns comentários metido a engraçadinhos nas fotos, mas dessa vez não deu...

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