sábado, 27 de fevereiro de 2010

Pelo bom funcionamento dos meus órgãos e pela minha saúde

Antes viajar pra cá, minha mãe veio com uma história de "tu vai ter que aprender a cozinhar menina, bora! Amanhã tu vai acordar cedo e ajudar a Tonhonha a fazer o almoço", eu (claro) falei "quiiiii, cozinhar é muito fácil, XÁ COMIGO".

Xá comigo uma ova... Desde que voltei de DC, tenho sofrido o alho que a minha faca amassou tentando fazer algo decente, mas só sai coisa ruim! O meu arroz sai empapado, o feijão sai ralo, a carne sai com gosto de sabão, o peito de frango sai com gosto de papelão. ATÉ MEU OVO FRITO SAI COM GOSTO DE TUDO MENOS DE OVO FRITO.

Definitivamente não tenho esse dom. Só sei lavar louça, amassar alho e picar cebola. Ah, sei fazer brigadeiro também... ufa, não morro de fome.



- O sorriso engana, mas nesse dia passei tão mal que vomitei essa gororoba depois. PHYNA
Tenho percebido que é preciso ter a manha sim pra fazer coisa gostosa. Não adianta jogar cebola, alho e sal na panela, você tem que ter a macumbinha, a estrelinha, o caboco da tia da banca de acarajé pra fazer com a comida seja boa.


- Nesse dia até que ficou bom, mas eu tava com uma cara de doida... reparem.

Ainda bem que existe o Artur ao meu lado na cozinha. Ele e sua alma gordo sempre colocam um pouco mais de sal, de óleo, de manteiga, o que deixa a comida com gosto PARECIDO com comida. Dia desses eu dei um chilique porque ele mergulhou 4 pedaços de frango numa piscina de óleo.

"Tu tá doido? Como assim essa piscina de óleo, era uma vez minhas artérias..."

Ele fez uma cara de "watch and learn" e ficou lá fritando. Sério, comi numa felicidade só.

Respeito vocês que sabem mais do que picar cebola e amassar alho.
- Resquícios de frango mergulhado no óleo e guaraná antártica... perdição.

E hoje, pelo bom funcionamento dos meus órgãos e pela minha saúde, irei mover a minha bunda gorda até o restaurante da faculdade, comprar um box de saladinha, um yogurt desnatado com pedacinhos de fruta, um suco "natural" de laranja, e me purificar.

Amém.
PS. Fiquei pensando no que sou boa nessa vida. Não sei cantar, não sei dançar, não sei desenhar, não sei pintar, não escrevo poesia, nem sou modelo, não entendo de moda, nem sei cortar minha franja direito, mas... sei tirar fotos de coisas duvidosas que acho na rua, RÁ!
- É um pássaro, é um avião..?

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Vai DCendo na boquinha da garrafa #3

Duas palavras: Tô pobre!

Três palavras: Mas tô feliz.

9384873847938478349 palavras: Tchau Washington DC, te amo, volto já!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Vai DCendo na boquinha da garrafa #2



- The face of wealth querida!

Sobre a vida noturna de DC, só tenho uma coisa a dizer: ser menor de idade nos EUA é uma merde! A gente foi numa rua que tinha bar/boate/festa explodindo por todos os lados e só porque eu tenho 20, e não 21, não podia entrar nos lugares. Pelo menos a gente conseguiu passar o papo num tiozinho, dono de um bar cubano/mexicano/espanhol/ sei lá o quê, e ele deixou os underage entrarem. Era um lugar até bacana, cheio de coisa entulhada, mas o que me conquistou foi a foto de uma tia mucho loca pendurada na parede.
- Seduziu, morri.

Ah, sem contar que no final da balada, me deu uma fome e eu achei o maior pedaço de pizza do mundo! Sério, FAT MODE ON!
- Vou emagrecer bastante aqui... NOT!

Sobre a parte 2, hoje o dia foi de turista. Bati bota por todos os pontos turísticos, vi a estátua gigante do Lincoln, o Pau de Sebo Gigante, a casa do Obams (White House). Mas a coisa mais impressionante foi ver o lago que fica na frente do Lincoln Memorial congelado. MELHOR, foi andar no lago congelado, video-cassetada do Faustão feelings!
Claro, andar sobre lagos congelados é merda na certa, mas fiquei só uns segundinhos, até o cagaço bater e eu voltar pra borda.

- Doooida pra cair e quebrar um dente...

Uma amiga também nos levou pra comer em Georgetown.

PARA TUDO!

Nunca me senti tão bem num lugar... Um restaurante super lindo, na beira do rio, comida boa e BARATA. Sério, suspirei umas 100 vezes de tanta felicidade nesse lugar. Ainda mais com o solzão lindo.
- Suspiros...

Ok, essa cidade tá me deixando besta.

E amanhã? Sabe Deus.
- Just let me take a mental picture of this place...

Vai DCendo na boquinha da garrafa #1

Bom, como aqui em Lexington brotou uma semana de feriado (Virginia rules), eu e o Artur resolvemos sair desse fim do mundo e ir atrás da civilização. Como jovem é uma merda adora uma oba-oba e acha que tudo é festa, a gente foi querer confirmar a viagem dois dias antes e ficamos que nem nêga no samba atrás de taxi, passagem e o escambau. Incrível como Lexington é o fim do mundo cara, sério. Pense que a gente passou uma tarde ligando pra trocentos números e ninguém queria levar a gente pra Charllotesville (a cidade em que a gente pegou o busão pra Washington DC). Até que achamos uma tall de Dunn’s taxi.
A bonitona aqui ficou com o trabalho sujo de ligar. Sendo otimista sobre a conversa com o Seu Dunn diria que de 10 palavras que ele falava, 10 eu não entendia e 10 eu pedia pra ele repetir. Mas na peleja consegui com que ele entendesse que a gente tinha que sair de casa as 6 da manhã. UFA.

O cagaço maior foi o esperar o tiozinho. Num dos sites em que a gente viu o número dele, tinha na parte de comentário uma pessoa descendo o pau, falando que o serviço era podreira, que ele tinha atrasado LITRUS, e que ele ainda xingou a vó do cara. Bom, na dúvida a gente foi com ele (ele tinha cobrado 80 dólares, enquanto o outro tinah cobrado 202 dólares, DUNNS PRA VIDA!).
- Esse foi o máximo que eu consegui conhecer do Seu Dunn, até agora não sei como é o rosto dele.
Ele foi pegar a gente com uns 25 minutos de atraso, mas pelo menos o carro dele era quentinho, eu ronquei durante o caminho todo e ainda acordei com um nascer do sol incre-í-ble. Quando chegamos à Charllotesville, ainda ficamos uns 10 minutos bombando no frio e quando finalmente o cara abriu a porta eu descobri uma coisa: as pessoas em Charllotesville são lelesks!

- Sol queimando tudo até a último ponta do céu...

O cara me abre a porta e fala “galere, o buzão não vai sair porque o tempo ta ruim”. Eu, Artur e a menina da tatuagem de henna na perna soltamos uma “WHAAAAAAAAAAAAT” (no Brasil: comofaaaaaas?), ai ele: Just kidding (no Brasil:“tô de briiiiinks, entraê cambada!”).
Se mate.

A viagem do buzão foi tranqüila, durou umas 3 horas... Deu pra fofocar com o Artur, tirar uma soneca e olhar a paisagem.
- Dieta balanceada no buzão...

Finalmentche, chegamos em Washington DC, a terra do Obama, a terra da Casa Branca, a terra do maior Pau de Sebo do muuundo (a.k.a Washington Monument). Sério, só um dia em DC e já amo esse lugar. Lexington é o fim do fim do fim do mundo, com jovens abitolados que se vestem igual, falam igual, que não enxergam nada além daquela bolha (ok, parei).
Na parte 1 do DCendo na boquinha da garrafa acompanhamos nossos amiguinhos cariocas, fizemos compras e RÁ, alimentei um esquilinho. No final, ainda fomos ver qual era a boa da noite WashingtonDCniana, mas isso eu comento na parte 2, agora vou me arrumar e fazer a turista pela cidade.
- A lá, maior pau de sebo do muuuuuuuuundo. Isso nas festas juninas do Brasil dá até briga de galera, ficadica.
- QUE MAPA O QUÊ? A onda é chegar em DC com um pedaço de guardanapo e sijogar no primeiro taxi.
- Vem iquilinho, vem com a Cabila.
- Cariocax

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Bebida radioativa

Nessa minha vida lexingtoniada, nada muito acontece. Muito estudo, muita fritura e CLARO muita leseira baré. Todos os dias vou lá pro restaurante da faculdade e fico horas prestando atenção nos trejeitos da americanizada. De uns dias pra cá, comentei com o Artur - um dos meus parceiros de se lascar estudos nos EUA - que a galera não parava de tomar um tal de um "suco azul".

- Radioatividade puuuura, hihiê!
TODO MUNDO bebe essa joça. Daí tá, caboquice falou mais alto e numa bela noite, eu e o Artur no auge da preguiça lá na biblioteca, resolvemos nos misturar com a galera e pegar a tal da bebida.
Maaaano, se arrependimento matasse, hoje seria minha missa de sétimo dia, porque JESSUIS, que cocô é esse?
- Artur amarradão
Comecei a futricar e descobri que é uma bebida que a galera toma pra ficar mais ligadão, tipo Gatorade, saca? Mas bicho, só se for a versão Chernobyl de Gatorade. Coisa mais ruim ever.
- Eu a-do-ray!

Vou continuar na minha água com gelo que pelo menos garanto uns 10 anos a mais de vida nesse planeta.

/ignore washingtonliano

Esse microcosmo chamado Washington and Lee tem trocentas peculiaridades. A começar pelo número gritante de pessoas lindas por todos os cantos (sério, pra quem saiu de Manaus, isso é tipos BIZARRO) e a "acabar" pela cultura do /ignore.

Confesso que quando a Rach (amigues que morou aqui um ano) me contou, fiquei meio "serááá", mas NA BOA, o /ignore bomba aqui e funciona bem assim:

Você vai pra festa na sexta/sábado, conhece ge-ral, todo mundo diz que se ama, faz pacto de amizade, escreve BFF na testa. Ai tá né, você vai pra casa feliz da vida né, super "fiz amigos pra sempre, amigos verdadeiros" e na segunda chega todo-todo na faculdade crente que já é da galere e BOW /ignore.

E não, não pensem que isso é só porque sou estrangeira/desprovida de olhos claros, corpo perfeito, cabelo loiro e liso. Tá, papo, isso conta sim... Eles vivem nessa panelinha de sorority/fraternity e meio que so se falam entre si. Mas mesmo assim, no fundo no fundo, a galera é assim com everybody. AINDA MAIS se a pessoa fizer merda na noite passada, do tipo "fiquei com aquela pessoa, blé", é aí que o /ignore bomba na velocidade 6.
Bom, como eu cago e ando pro /ignore, dia desses cheguei e falei "heeeeey" e a pessoa (que eu sempre encontro e falo nas festas) me mandou um Paola-look:

- Tchi conheçu quirida..?
Juntei meus panos de bunda e fingi que falo "hey" para o vento SÓ por diversão.
USA sucks sometimes...