domingo, 9 de novembro de 2008

Submundo de Sofia - COMBO

-Oêêê!


- Aceita carteirinha?

- O monstro


Ps: para visualizar melhor, clique na imagem para ampliar.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Ficção- 2

Ele não parava de clicar.



Parecia que aquele maldito "click" da caneta estava dentro da minha cabeça. Eu olhava em volta, olhava para as outras pessoas, fazia cara de "vocês não estão incomodados?", mas acho que elas não estava encomodadas, a voz da professora estava alta demais também, deve ter sido isso. Mas dentro da minha cabeça parecia que havia um vazio, um vazio e aquele "click" maldito!

Comecei a fazer xingamentos mentais, telepatia negativa, imaginei-me levantando da cadeira, indo até a cadeira dele, pegando aquela caneta e estraçalhando ela em trocentos pedaços, queimá-los, colocar num pão e mandar ele engolir aquilo. Não sei, mas tenho sempre a impressão de que essas pessoas que clicam canetas compulsivamente em público não fazem isso quando estão sós, sei lá, parece que elas querem chamar atenção, ou simplesmente pentelhar a tranquilidade alheia.

O "click" não parava. Por que a criatura não se decide? É tão difícil escolher entre deixar a ponta do lado de fora ou do lado de dentro? Nunca vi pessoas com aquelas canetas de tampa tirando e colocando (a tampa) de forma compulsiva, talvez seja um mal só das pessoas com caneta que faz "click". Será que rola um prazer em fazer isso? Eu geralmente tremelico a perna, mas não sinto nada demais, é involuntário e não incomoda ninguém, quer dizer, deve incomodar, mas pelo menos não faz "click".

"Já sei" - pensei- "vou olhar feio", mas será que o meu olhar feio é realmente tão feio quanto eu imagino que seja, de dar medo? Talvez ele pense "que que essa louca tá me olhando assim sem parar, deve tá me paquerando, vou continuar clicando a minha caneta pra chamar a atenção dela, hehe", não, não vou olhar. Já sei...

"SOCA ESSA CANETA NO C**"

Eu te empresto o meu lápis.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Ficção - 1




Hoje a privada me sugou. Na verdade no momento em que isso aconteceu eu não percebi, estava mais interessada em ler os recadinhos na porta do banheiro. Eram uns recados engraçados, umas machudas ficavam dizendo os benefícios das "machudisses" e as héteros falando de como as machudas não sabem o que estão perdendo.


Isso tudo eu fiz antes de ser sugada pela privada. Mentira, eu também estava olhando pro meu celular, esperava uma mensagem que nunca chegava. Não era bem uma resposta, e sim, uma mensagem. Algo espontâneo, daquelas mensagens que dão uma alegriazinha quando chegam, porque não foi você que as provocou, mas a pessoa lembrou de você, ela queria te dizer isso, te mandou uma mensagem. Mas ela não chegou, acho que não lembraram de mim.

Eu fazia xixi, mesmo esperando a mensagem e lendo as frases héteros/machudas, eu conseguia fazer xixi. Eu estava desde o começo da manhã com aquela vontade, mas sentia mais preguiça que a vontade em si, acho que por isso o xixi demorava tanto.


Antes de ser sugada pela privada, olhei ao redor daquele cubículo sujo atrás do papel higiênico, ele estava lá em cima, em cima da porta e eu não estava sentada, não sou louca de encostar numa privada que não seja a minha ou a de alguém que eu conheça, sei lá, privadas desconhecidas não são confiáveis. Assim como algumas pessoas, mas isso não tem ligação com as privadas, ou tem... algumas privadas e pessoas têm merda no seu interior. Enfim.



Eu puxei a cordinha, fez um barulho grande. Mentira, o barulho não era grande, era alto. Engraçado esse tipo de adjetivação, mas vivo fazendo isso. Pois bem, puxei a cordinha com nojo, tive a impressão de que ela era mais suja que a privada, mas puxei.


Perdi a respiração, estava dentro de um tipo de piscina, olhei pra cima e vi aquele rolo de papel higiênico ainda estava no mesmo lugar, só que mais longe. Olhei ao meu redor e a água não era nada limpa, meio amarelada, fedida, era o meu xixi... "Putz", eu pensei, "a privada me sugou".


Por que será?