sábado, 18 de outubro de 2008

Sônia Abrão, a não-salvadora da pátria!


- Não tem como ficar calada.

Até que ponto um jornalista pode se envolver na história?

Escrevo este post sem pretensões jornalísticas e sem vivência de profissão, mesmo porque o meu segundo período da faculdade até agora só me ensinou que o suco da cantina dá cagasso.

Semana passada vi na tv a Sônia Abrão mostrar com todo orgulho que havia conseguido uma "entrevista" exclusiva com Lindemberg (o sequestrador da Eloá). Achei tudo muito louco, afinal, como que a polícia não conseguia se comunicar com o cara e aquela mulher havia conseguido?

Por melhor que fossem as "intenções" da apresentadora -coisa que ela fez questão de deixar claro- mas da onde ela tirou a idéia de que se metendo naquilo iria mudar o desfecho? Ganância de conseguir o furo de reportagem? Tentar ajudar os policiais? Dar voz aos envolvidos? Desde quando que uma apresentadora de tv tem o direito de interferir no trabalho da polícia? Desde nunca, que eu saiba.

Onde fica a ética? Não que eu conheça algo de ética jornalística, mesmo porque nem essa matéria eu tive ainda, mas e o bom senso, o "simancol"?

Tremendo desrespeito. Desrespeitou os policiais que estavam tentando utilizar de uma persuasão especializada para a dominar situação; desrespeitou os outros colegas de profissão, que em momento algum saíram do seu papel de jornalistas e se comprometeram em apenas repassar informações e não em interferir no andamento delas.

E que diferença fez a Sônia falar com o sequestrador, se o desfecho foi horrível e chocante? Nenhum. Ele queria falar, claro, mas isso não iria mudar em nada a relação principal que existia naquela história: a polícia e o Lindemberg. Era claro que a qualquer momento, dependendo da reação que as partes envolvidas tivessem, algo de grave iria acontecer.

Não quero entrar na discussão sobre os policiais, se eles fizeram certo ou errado, porque do trabalho deles eu nada sei.

Sônia Abrão não é Sasá Mutema, e sim, uma parasita, que passa tardes inteiras sugando as degraças do povo.

- Eu quero você!

Infeliz.

Um comentário:

Paulo Lindoso disse...

tem gente que veio só pra fazer merda..
e nos resta a puteza de ver essas pessoas fazendo a merda com tanta maestria!
;*