Mas ele me ensinou que "um bom antropólogo é aquele que observa, ouve e só depois vai se chegando na galera". Então, tirando a parte do "bom antropólogo", o resto eu fiz tudinho.
Voltando ao final de semana, aqui em Lexington rolou a tal de Tear Night. Sabe Deus o que é Tear Night, mas só sei que foi divertido.
Mesmo não entendendo muito, vou tentar explicar pra vocês: imagine que você é um calourinho que depois de passar a manhã no sinal da frente da UFAM pedindo trocados para os seus veteranos, é recompensado com um belo de um churrascão. Bom, claro que nos níveis estadunidenses de ser, não é bem isso, mas só pra ser mais fácil de entender. Tear night é a noite que eles escolhem pra dar a festa de comemoração aos novos moradores das fraternidades. Antes dessa noite rola uma semana de trotes, chamada de rush. Durante o rush, os jovens que se candidataram pra fazer parte das fraternidades, fazem mil tarefas e idiotisses, só para morarem numa casa com letras gregas, vai entender... Enfim, na sexta eles falam quem foi escolhido e no sábado todo mundo sijoga na comemoração. E foi isso o que nós, pobres brazilians, fizemos...
E também foi aqui que o caboco Sérgio Ivaniano desceu em mim.
Na Tear Night, cada fraternidade dá a sua festa e a onda é entrar na casa e se socializar. Primeiro nós fomos na fraternidade aqui na frente de casa. Nada demais, apenas uns jovens estranhos e uma figura de outro mundo. Meet M.E*:
- Tyra Banks!
M.E é tipos a Blair do Gossip Girls versão Washington and Lee. Ele tem um blog super pra frentex, que conta só as podreiras Washingtonlianas. Tenho medo ok.
Tirando o M.E, o resto foi só samba do crioulo doido. Esses Americanos do Norte são meio sem noção. Dançam estranho e bebem como se não houvesse amanhã (mas há exceções, uhul). Em uma das festas que nós fomos (porque são trocentas e você fica migrando que nem um andarilho) encontramos um casal que dançava de um jeito diferente...
... um jeito meio assim...
... um jeito meio assado...
... um jeito muito do seu mal-criado!
Acho que o casal e o carinha que cantou em uma das festas, tal de Afroman (saca aquela música chatones "because I got high, because I got high, lalaralalala"), foram os pontos altos da meu estudo antropológico.
O casal,
porque eles provaram que lambada NÃO É dança proibida.
E o Afroman,
porque barrou o Marcelo D2 no quesito "apologia as drogas"
O resto foi só gente doida falando merda na rua, no banheiro, nas casas...
- Quando não tem banco, senta na lixeira e vive a vida ok.
Tava até comentando pro meu irmão. Aqui o povo é 8 ou 80: ou tá MUITO bebado e não é capaz de falar três palavras; ou tá MUITO sóbrio e é cheto, frio, estranho. Sinto falta das pessoas ponderadas e legais do meu Brasil, nhééé.
Ah, só mais uma coisinha. Se você ficou com alguma dúvida sobre como as feshtas americanas realmente são, easy, aluga qualquer besteirol americano que é a mesma coisa. Parafraseando Cid Moreira "Isto é um espaaaanto".
* Coloquei o nome do carinha abreviado porque tenho medo que um dia ele aprenda português, ache esse blog e queira me matar.
Ps. Essa festa rolou no sábado (16.01), mas a falta de tempo me fez terminar o post hoje (24.01), apesar da data do post ser de segunda (18.01), nhéé.