quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Uma tarde na Unimed e 202 páginas

Ontem fui agraciada (insira aqui muito sarcasmo) com uma doença misteriosa.

Os sintomas eram tantos, que fica até difícil descrever, mas só sei que senti dores fortes no pescoço e na cabeça. Como não estava em condições de escrever uma linha de reportagem, me mandei para a saga em forma de hospital particular Unimed. Sozinha é que eu não ia! Levei meu irmão e emprestei um quadrinho dele. Lá passamos a tarde... Entre furadas de agulha, informações desencontradas, pessoas doentes e meu irmão detonando a bateria do meu celular com um joguinho, consegui devorar o quadrinho.

Vou logo avisando: não sou conhecedora, não sei nomes decorados, vertentes quadrinhísticas, e nem nada, mas gosto muito de quadrinhos, e sempre que surge um na minha frente, leio com toda vontade do mundo. O de ontem foi Kick Ass - Quebrando tudo.


Eu já tinha visto o filme no começo do ano, e pirei. Lembro que antes da estréia, meu irmão - o acabador de baterias de celulares alheios- tava pilhado, falando que ia ser massa, bla bla bla.

O roteiro é de Mark Millar (Guerra Civíl, Os Supremos, O Velho Logan) e os desenhos de John Romita Jr. (Hulk Contra o Mundo, Wolverine: Inimigo do Estado, Homem-Aranha), não que isso faça muita diferença pra quem não conhece, mas sempre rola colocar uma referência né, custa nada!

A história é sobre um moleque que deve ter os seus 15/16 anos, meio nerd, meio vagabundo, apaixonado pela menina mais gostosa da sala e viciado em quadrinhos. Sem mãe, e ele só vive com o pai. De tanto ler os gibis, o moleque acabou colocando na cabeça de que rolava virar um super-herói, bastava "colocar uma máscara e ajudar os outros, ué"! Dito e feito, o zé ruela comprou uma fantasia meio homossexogay no Ebay e resolveu passar umas noites andando pelos telhados atrás de "confusão". Até que um dia topou com três galerosos, se meteu a besta e levou muita porrada. Não contente com o azar, depois de levar soco, chute e até facada.... Foi atropelado.

A criatura não morreu, mas chegou perto.


Bom, não vou contar o resto, mas posso adiantar que ele não desiste. Lá pelo meio, o menino conhece os meus ídolos da história: Hit- Girl e Big Daddy. Quem se interessar e for atrás vai entender o porquê de eles serem os mais legais, ou não.

Além de ter um roteiro ácido, esculachado, engraçado e sem rodeios, as ilustrações são incríveis! Para alguém como eu que só sabe desenhar boneco pálito, cada virada de página é uma humilhação.

Esse que eu li é uma compilação de 8 volumes da revista Kick Ass (sim, era uma revista, esqueci de mencionar). Nem sei se tem parte 2 ou algo assim, deve ter, mas confesso que não pesquisei ainda.

Enfim, sem pretensões, apenas uma dica pra quem tiver de saco cheio de ler mesmisses e curte"ler" figuras de vez enquando.

Como sou brother, tirei umas fotos do nosso exemplar (meu e do meu irmão, porque eu gostei e me auto-coloquei-como-uma das-donas).

Prestençããão!


- Depois da briga com os galerosos.

- Se der pra ampliar, se liguem nos detalhes.... Incrível!

- Hit-Girl gente boa!

Quem quiser saber mais sobre quadrinhos, com quem conhece e faz, entra aqui ó:


Arrecomendio e agarantiu, com certeza os caras sabem mais que eu.

Ah, tem outro site que nem chega a ser de quadrinhos-nerd-pessoas-entendedoras, mas é engraçado demaaaaaaaaaaaaaaaais.