segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Tear night

Finalmente nesse final de semana tive a chance de colocar em prática os meus ensinamentos adquiridos nas longas aulas do Sérgio Ivan (meu professor de antropologia do segundo período). Tá, menti.


Mas ele me ensinou que "um bom antropólogo é aquele que observa, ouve e só depois vai se chegando na galera". Então, tirando a parte do "bom antropólogo", o resto eu fiz tudinho.

Voltando ao final de semana, aqui em Lexington rolou a tal de Tear Night. Sabe Deus o que é Tear Night, mas só sei que foi divertido.



Mesmo não entendendo muito, vou tentar explicar pra vocês: imagine que você é um calourinho que depois de passar a manhã no sinal da frente da UFAM pedindo trocados para os seus veteranos, é recompensado com um belo de um churrascão. Bom, claro que nos níveis estadunidenses de ser, não é bem isso, mas só pra ser mais fácil de entender. Tear night é a noite que eles escolhem pra dar a festa de comemoração aos novos moradores das fraternidades. Antes dessa noite rola uma semana de trotes, chamada de rush. Durante o rush, os jovens que se candidataram pra fazer parte das fraternidades, fazem mil tarefas e idiotisses, só para morarem numa casa com letras gregas, vai entender... Enfim, na sexta eles falam quem foi escolhido e no sábado todo mundo sijoga na comemoração. E foi isso o que nós, pobres brazilians, fizemos...


E também foi aqui que o caboco Sérgio Ivaniano desceu em mim.


Na Tear Night, cada fraternidade dá a sua festa e a onda é entrar na casa e se socializar. Primeiro nós fomos na fraternidade aqui na frente de casa. Nada demais, apenas uns jovens estranhos e uma figura de outro mundo. Meet M.E*:




- Tyra Banks!

M.E é tipos a Blair do Gossip Girls versão Washington and Lee. Ele tem um blog super pra frentex, que conta só as podreiras Washingtonlianas. Tenho medo ok.


Tirando o M.E, o resto foi só samba do crioulo doido. Esses Americanos do Norte são meio sem noção. Dançam estranho e bebem como se não houvesse amanhã (mas há exceções, uhul). Em uma das festas que nós fomos (porque são trocentas e você fica migrando que nem um andarilho) encontramos um casal que dançava de um jeito diferente...

... um jeito meio assim...



... um jeito meio assado...



... um jeito muito do seu mal-criado!




Acho que o casal e o carinha que cantou em uma das festas, tal de Afroman (saca aquela música chatones "because I got high, because I got high, lalaralalala"), foram os pontos altos da meu estudo antropológico.


O casal,



porque eles provaram que lambada NÃO É dança proibida.


E o Afroman,



porque barrou o Marcelo D2 no quesito "apologia as drogas" da escola de samba. De 5 em 5 minutos rolava um "Usem maconha", e a galere "Uhuuuuls"; "sejam doidõõões", e a galere "AEAEAEAEAEA". Achei um tanto quanto tenso.


O resto foi só gente doida falando merda na rua, no banheiro, nas casas...



- Quando não tem banco, senta na lixeira e vive a vida ok.


Tava até comentando pro meu irmão. Aqui o povo é 8 ou 80: ou tá MUITO bebado e não é capaz de falar três palavras; ou tá MUITO sóbrio e é cheto, frio, estranho. Sinto falta das pessoas ponderadas e legais do meu Brasil, nhééé.


Ah, só mais uma coisinha. Se você ficou com alguma dúvida sobre como as feshtas americanas realmente são, easy, aluga qualquer besteirol americano que é a mesma coisa. Parafraseando Cid Moreira "Isto é um espaaaanto".

* Coloquei o nome do carinha abreviado porque tenho medo que um dia ele aprenda português, ache esse blog e queira me matar.

Ps. Essa festa rolou no sábado (16.01), mas a falta de tempo me fez terminar o post hoje (24.01), apesar da data do post ser de segunda (18.01), nhéé.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O frio



O sonho de todo manauara é sentir frio. Você pode torcer o nariz, eu deixo, mas não me venha dizer que não adora colocar o seu ar-condicionado/ventilador na potência mais roquenrol que existe- só para sentir seus pés congeladinhos e se cobrir com um cobertor felpudo feito pela sua vovo - porque sera mentira pura, ok!

Aqui em Lexington tá um frio do cacete muito do seu sapeca. Para uma legítima caboca que está acostumada a sentir vontade de colocar um casaquinho quando faz 23 graus ou então só tem chance de usar suas blusas de manga comprida no cinema (isso quando senta embaixo do ar), esse frio está deveras difícil de aguentar.
- Achei sutil...

Todos os dias eu acordo e coloco umas 34934i3i49i39i893ii33eii@@ camadas de roupa, saio de casa toda feliz da vida e me deparo com belíssimas sorority girls* montadas em suas botas de marca, meia calça, vestidinhos esvoaçantes, casaquinhos chiques e cabelos brilhosos e sedosos.

Ok, me sinto um lixo. So tenho uma bota, um casaco e 50 camadas de roupa. Cheguei aqui achando que ia encontrar aqueles jovens descontraídos, que usam blusa de estampa boba sobreposta em uma de manga comprida com a barra encardida, calça de moleton e remela no canto do olho. MAR NUNCA!

São todos lindos ok! Lindos e super resistentes aos frio, o que me intriga... eu uso TRÊS CALÇAS e sintos meus ossos tilintarem, e vejo meninas de shortinho/meia-calça super confortáveis e sorridentes. Tô pra parar uma e perguntar:

"Maninha, minxplica esse teu tecido adiposo?"

Passo o dia levantando teorias: pode ser a água em garrafas chiques que as deixam mais resistente, os cafés que têm gosto de água e meia suja, os anéis das fraternidades, ou sei lá o que!

Friozinho é muito bom, mas apenas quando se está bem acompanhado ou com roupas adequadas. Como minha companhia está em Manaus (Beto, hihi) e minhas roupas não são muito adequadas, já torço pela primavera, SPRIIIING.

Yeeeey

*Sorority girls a.k.a as patricinhas, burguesas, perfeitas da universidade. Ta ligado naqueles filmes americas que têm aquelas meninas super chiques, que moram na mesma casa, com cara de "vou te pisar com minha bota de salto alto, mesmo que tenha neve"? Pois ééé...



- ...tipus açim

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Lexwhat

Primeiramente gostaria de deixar claro que esse teclado esta desconfigurado e quem escreve nele eh burra demais para configura-lo para que finalmente ele tenha acentos e ponto de exclamação. Pelo menos tem cedilha, o que eh chique.

Tinha prometido para algumas pessoas e, principalmente, para mim mesma que voltaria com esse blog de qualquer jeito. Mesmo que fosse escrevendo poemas cafonas de amor, eu voltaria. Voltei. Grandes merdas, eu sei.

Acho meio Zeca Camargo feelings essa historia de falar "aaah, estou aqui em tal lugar, super prafrentex, blablabliblabla", mas nesse caso se faz necessario porque senão vai ficar meio dificil de entender os posts dos proximos 5 meses. Pois bem, escrevo de Lexington. Uma cidadela charmosa, aqui pras bandas da Virginia. Não a sua tia. Estado da Virginia, iSTADYS uNIDS das America e os axe da Bahia.

Ta um frio do cão, uma neve do cão.

E eu to com aquele olhar meio perdido sabe... Isso parece meio homossexual, mas to perdidassa nesse mundão cheio de neve e de gente chique.

Estou tambem fazendo um tratamento psicologico pra não engordar. Alias esse sera o tema do proximo post. Ou não.


- Mamãe, olha meu quarto novo, todo arrumado... NOT!